ARÁBIA SAUDITA PREVÊ AUMENTO NAS DEMANDAS POR PETRÓLEO E PLANEJA AUMENTAR PRODUÇÃO EM 2016

Amin NasserEm meio à crise, não há sinais de um novo equilíbrio do barril de petróleo no mercado global. O presidente da estatal árabe Saudi Aramco, Amin Nasser (foto), revelou que a demanda total de petróleo poderá crescer em 1,2 milhão de barris por dia em 2016, com aumento vindo principalmente de países como Índia e Estados Unidos. Com isso, a petroleira anunciou a meta de ampliar ainda mais sua produção de óleo e gás ao longo deste ano, com foco na disputa de fatias de mercados de consumo. De acordo com Nasser, o país deverá elevar a produção do campo de Shaybah e aumentar sua produção de gás natural em 11 bilhões de pés cúbicos nos próximos dez anos.

A petroleira não divulgou a média prevista para este ano, mas o objetivo do governo é acompanhar o crescimento das demandas globais e impulsionar os lucros em meio às dificuldades financeiras da crise. Para compensar as perdas com a baixa cotação do insumo no mercado global, o país já produz hoje em níveis recordes de aproximadamente 10,2 milhões de barris.

Com foco crescente na renovação de campos maduros, a Saudi Aramco deverá subir a produção no campo de Shaybah de 750 mil barris para 1,2 milhão de barris no período de duas semanas, segundo Nasser. Além disso, a empresa busca impulsionar hoje novos investimentos em sua cadeia de refino. A meta é subir o volume atual de 5,4 milhões de barris para até 10 milhões de barris nos próximos anos.

O executivo ainda revelou que a companhia está procurando por parcerias internacionais para a criação de joint ventures. Os países que estão no radar da estatal, segundo o presidente, incluem Indonésia, Índia, Estados Unidos, Vietnã e China. Para Nasser, o mercado atual apresenta uma “grande oportunidade de crescimento significativo”.

A Arábia Saudita, maior exportadora mundial de petróleo, foi muito atingida pela queda nos preços do barril, que em 2014 chegou a custar US$ 115, mas que despencou em janeiro para um valor abaixo de US$ 30. A ligeira recuperação dos preços nos últimos meses pode melhorar o cenário econômico do país.

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