JUSTIÇA DETERMINA QUEBRA DE SIGILO BANCÁRIO DE 15 EXECUTIVOS PRESOS

A devassa das investigações agora foi ampliada para as contas. O juiz federal Sérgio Moro determinou a quebra do sigilo bancário de 15 executivos dos 23 presos na sétima fase da Operaçâo Lava Jato, incluindo o ex-diretor de serviços da Petrobrás Renato Duque. O nome do lobista Fernando Baiano também está na lista, no entanto ele não está preso porque não se apresentou à Polícia Federal após a expedição do mandado de prisão em seu nome. A decisão ordena que o Banco Central tome as medidas necessárias para isso e que envie as informações à Justiça Federal do Paraná. Além disso, a CPI Mista da Petrobrás aprovou, no Congresso, a quebra do sigilo fiscal do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.

Além das informações sobre as contas bancárias dos executivos, a determinação judicial também se estende a investimentos e outros ativos mantidos entre os dias 5 e 18 de novembro deste ano.

O juiz Sergio Moro ordenou também que sejam disponibilizadas as informações sobre três empresas. A primeira delas, a D3TM Consultoria, pertence a Duque e foi aberta após sua saída da Petrobrás para prestar serviços de consultoria no setor de óleo e gás, como ele já afirmou em outros momentos. As outras duas da lista são Hawk Eyes Administração de Bens e Technis Planejamento e Gestão em Negócios.

Veja a lista de executivos que terão o sigilo bancário quebrado:

Renato de Souza Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobrás

Ildefonso Colares Filho, ex-diretor-presidente da Queiroz Galvão

Dalton dos Santos Avancini, presidente da Camargo Corrêa

João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa

Ricardo Ribeiro Pessoa, presidente da UTC

José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS

Valdir Lima Carreiro, diretor-presidente da IESA

Eduardo Hermelino Leite, vice-presidente da Camargo Correa

Sérgio Cunha Mendes, diretor-vice-presidente-executivo da Mendes Junior

Gerson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix

Othon Zanoide de Moraes, diretor-executivo da Queiroz Galvão

Erton Medeiros Fonseca, diretor-presidente de Engenharia Industrial da Galvão Engenharia

Walmir Pinheiro Santana, responsável pela UTC Participações

José Ricardo Nogueira Breghirolli, funcionário da OAS

Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da Área Internacional da OAS

Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano e apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção

Além da quebra de sigilo, alguns dos executivos podem ter que ficar mais tempo presos em Curitiba. A Polícia Federal fez um pedido à Justiça para que a prisão temporária de seis executivos seja prorrogada.

Na lista, estão os nomes de Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobrás; Ricardo Ribeiro Pessoa, presidente da empreiteira UTC; José Aldemário Pinheiros Filho, presidente da Construtora OAS; Matheus Coutinho de Sá Oliveira, vice-presidente do conselho de administração da OAS; Walmir Pinheiro Santana, dirigente da UTC Participações; e Alexandre Portela Barbosa, funcionário OAS.