DIAS TOFFOLI REVOGA PRISÃO DE PAULO BERNARDO, ACUSADO DE FATURAR R$ 7 MILHÕES COM ESQUEMA FRAUDULENTO
Desta vez a justiça agiu rápido. Mesmo com robustas provas contra ele, segundo a Polícia Federal, e poucos dias atrás das grades, o marido da senadora Gleisi Hoffmann, o ex-ministro Paulo Bernardo (foto) – acusado de embolsar R$ 7 milhões num esquema fraudulento enquanto era o titular da pasta de Planejamento – já está novamente em liberdade. A prisão dele aconteceu na última semana durante a Operação “Custo Brasil”, que investiga graves crimes de desvio de recursos de fundos de pensão.
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu nesta quarta (29) o pedido de revogação da prisão de Bernardo. O magistrado, contudo, recusou a solicitação de transferência do caso da Justiça Federal de São Paulo para o STF.
Na última quinta (23), o ex-ministro foi preso no apartamento da esposa. O Senado entrou com uma ação no STF, alegando que era preciso autorização da Suprema Corte para que os agentes da PF entrassem no apartamento de Gleisi, que tem foro privilegiado.
O esquema investigado pela Operação Custo Brasil envolvia a empresa Consist, que foi contratada pelo Ministério do Planejamento durante a gestão de Paulo Bernardo. O grupo gerenciava os empréstimos consignados para funcionários públicos e cobrava um valor maior do que deveria. Uma fatia de 70% do faturamento da Consist ia para o PT e para políticos de outros partidos. O crime aconteceu entre os anos de 2009 e 2015 e movimentou cerca de R$ 100 milhões.
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