MACRON RECLAMA DIRETAMENTE COM BIDEN, OUVE IRONIA DE BORIS JONHSON E PERDE A VENDA DE 12 SUBMARINOS PARA AUSTRÁLIA

BORIS ANDO presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, teve que ouvir as reclamações do seu colega francês, Emmanuel Macron, sobre a França ter sido deixado no escanteio no episódio da venda dos 12 submarinos para a Austrália. Para lembrar, os franceses tinham acertado vender 12 submarinos convencionais com propulsão diesel-elétrica de última geração da Classe Scorpène para os australianos. Mas americanos e ingleses ofereceram oito submarinos nucleares e ficaram com a venda. Nada mal. 56 bilhões de dólares. Os franceses estavam certos de ficar com o dinheiro, mas no último instante tiveram que ouvir um “desculpe lá” dos australianos. Emmanuel Macron mandou chamar seus embaixadores nos Estados Unidos e Reino Unido de volta. Mas, depois da conversa com Biden,  mandou o embaixador de volta à Washington .

Macron e Biden decidiram “manter aberto o processo de consultas em profundidade com objetivo de criar as condições para garantir a confiança eMACRON propor medidas concretas para objetivos em comum“, informou comunicado em conjunto entre a Casa Branca e o Palácio Eliseu. Os dois presidentes concordaram que “a situação teria se beneficiado de consultas abertas entre aliados em questões de interesse estratégico para a França e nossos parceiros europeus.” Biden reafirmou ainda a importância estratégica do compromisso francês e europeu na região do Indo-Pacífico, mas Reino Unido e Estados Unidos ficaram mesmo com a venda.

Mas com Boris Jonhson a coisa foi diferente. Macron teve que ouvir uma ironia. O primeiro-ministro britânico, recomendou que a França fique tranquila e controle a sua raiva diante da recente aliança de defesa entre Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, após o governo australiano cancelar o contrato multimilionário com os franceses. Ao falar com repórteres em frente ao Capitólio em Washington, onde esteve em visita oficial, Johnson enviou uma mensagem à França sobre as críticas aos três países que assinaram o acordo: “Penso que está na hora de os nossos queridos amigos de todo o mundo se acalmarem com tudo isto e me darem uma pausa.” O primeiro-ministro britânico também observou que “o pacto é fundamentalmente um grande passo em frente para a segurança global. São três aliados muito semelhantes que se mantêm lado a lado e criam uma nova parceria de compartilhamento de tecnologia.”

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