MARINHA DETALHA DEMANDAS PARA NOVAS FRAGATAS E RECEBE PROPOSTAS PARA NAVIO POLAR ATÉ 11 DE NOVEMBRO
A Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron) detalhou nesta semana algumas das demandas que terá pela frente no processo de construção das quatro fragatas classe Tamandaré e do Navio de Apoio Antártico. As informações foram apresentadas na manhã de hoje, durante um webinar transmitido pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
Como se sabe, a Emgepron é a empresa estatal responsável pelo gerenciamento do Programa Classe Tamandaré, fazendo a ponte entre a Marinha e o Consórcio Águas Azuis. O gerente do programa, Capitão de Mar e Guerra Roberto Moura dos Santos, disse que a construção das quatro fragatas “abre novas perspectivas de fornecimento para a indústria nacional de equipamentos navais, em especial no momento atual, de baixa demanda por construção naval”.
A primeira fragata terá o percentual mínimo de conteúdo local de 31,75%. Enquanto isso, o índice para as demais unidades será de 40,5%. As possibilidades de fornecimento são bem amplas, envolvendo diversos sistemas e disciplinas das fragatas, como estruturas, propulsão, eletricidade, sistemas de controle, tubulação, entre outros, conforme ilustra o quadro ao lado.
“Mesmo em um momento atual de baixa demanda da construção naval pelo qual o país atravessa, a indústria vem de um recente passado de atendimento às demandas da indústria offshore, cujos requisitos tecnológicos se aproximam dos requisitos militares”, acrescentou Santos.
Enquanto isso, a Engeprom continua avançando na assessoria à Marinha para a escolha da melhor proposta de construção do novo Navio de Apoio Polar. O processo de seleção foi divulgado e iniciado em março desse ano e agora está entrando em uma etapa decisiva.
A Marinha receberá até o dia 11 de novembro as propostas dos consórcios interessados em tocar a construção do navio. Depois, o próximo passo será a divulgação de uma short list, em janeiro, com os três ou quatro melhores concorrentes. O vencendor da disputa será conhecido em junho e assinatura do contrato acontecerá em dezembro. A construção do navio deve acontecer entre 2022 e 2025, com geração de 600 empregos diretos e outros 6 mil indiretos.
O gerente do programa Navio de Apoio Antártico, capitão de Mar e Guerra Archimedes Francisco Delgado, garantiu ainda que já existem os recursos necessários para desenvolver o empreendimento. “É importante ressaltar que a empresa [Engeprom] já está totalmente capitalizada pelo governo, com os recursos financeiros para fazer frente a esse projeto”, afirmou.
Deixe seu comentário