MEGATRANZ PROCURA POR NEGÓCIOS NO EXTERIOR PARA ESCAPAR DA CRISE

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –

henrique zuppardoA crise que se arrasta há tempos no País tem trazido, a cada dia, números cada vez mais preocupantes sobre a situação da economia brasileira. E estes índices ganham vida e contornos dramáticos quando procuramos conhecer de perto a situação de quem vive na pele os efeitos da recessão econômica. A empresa do setor de logística Megatranz é uma das vítimas da crise. No passado, o setor de óleo e gás, ainda em dias pujantes, representava cerca de 80% do faturamento da companhia. Hoje, de acordo com o presidente Henrique Zuppardo, esse número caiu para zero. A solução encontrada pela empresa foi buscar novos negócios em países estrangeiros. “A Megatranz já esteve na China e também fez trabalhos em países da América Latina. Agora, estamos tentando retomar negócios no exterior, sendo que há ainda muitos países em situação difícil“, ponderou. Enquanto os tempos de seca no setor brasileiro de óleo e gás persistem, a Megatranz concentra-se no transporte de equipamentos dentro da indústria de energia. “Esse tem sido um mercado de maior atuação nossa. Hoje, a Megatranz está 80% orientada para o segmento de energia“, afirmou o executivo.

Como está a atuação da empresa no setor de óleo e gás atualmente?

A participação do setor de óleo e gás no faturamento da nossa empresa atualmente é zero. No passado, esse percentual chegou a ser 80%. Mas hoje, infelizmente, o segmento de Oil & Gas tem zero de participação na Megatranz. Isso muito em virtude das obras paralisadas do setor petroquímico. Com isso, não tivemos nenhum equipamento pesado ou super pesado que fizesse parte dos transportes realizados pela Megatranz.  

E de que forma a empresa pretende passar por esse momento difícil?

Toda a crise gera oportunidades para buscar novas oportunidades de negócio. A Megatranz esta buscando negócios fora do país também.

Em que fase está esse projeto de internacionalização?

A Megatranz já esteve na China e também fez trabalhos em países da América Latina. Agora, estamos tentando retomar negócios no exterior, sendo que há ainda muitos países em situação difícil. A crise das commodities, como petróleo e minério, diminuiu muito os níveis de investimentos em várias partes do mundo. O setor de óleo e gás, como um todo, está em crise.  

A Megatranz tem algum planejamento para voltar a crescer dentro do segmento de óleo e gás?

Hoje nós estamos fazendo o planejamento para viver um momento de cada vez. A ideia é focar no presente. O planejamento de longo prazo ficou em stand-by.

O senhor pode mensurar o impacto da crise nos negócios da Megatranz?

Nós reduzimos a nossa empresa para aquilo que éramos em 2010. Tivemos que nos readequar ao momento atual. E digo tanto na questão de equipamentos quanto na quantidade de homens e colaboradores da empresa. Temos que agora administrar da melhor maneira para garantir o caixa financeiro. Perdemos seis anos de crescimento. Retrocedemos. Vamos ficar em compasso de espera e atravessar esse momento difícil sem óleo e gás.

Quais são as perspectivas com o setor de óleo e gás?

A perspectiva é que a gente comece a voltar a fazer investimentos a partir de 2020. Até lá, não acreditamos que aconteça a retomada da área de óleo e gás do Brasil.

Em quais setores a empresa está atuando com mais força no momento?

Estamos nos voltando para a parte de instalações elétricas. As usinas eólicas no País exigem novas subestações, e daí a necessidade de transformadores. Esse tem sido um mercado de maior atuação nossa. Hoje, a Megatranz está 80% orientada para o segmento de energia.

Pode citar os principais projetos neste setor?

Nós estamos terminando o transporte de equipamentos para a usina São Manoel, localizada no rio Teles Pires, na divisa dos estados de Mato Grosso e do Pará, com capacidade de 700 MW. Estamos também com operações para várias subestações no Norte e Nordeste para transporte de transformadores, que tem sido mercado ativo para nós.

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