MERCADOS DE SERVIÇOS E REVITALIZAÇÃO DE CAMPOS MOVIMENTARÃO O SETOR DE ÓLEO E GÁS EM 2020

bruno_Galhardo_O setor de óleo e gás pode experimentar um aquecimento de negócios em duas atividades distintas no próximo ano: o mercado de serviços e a revitalização de campos maduros. Esta é a opinião do executivo da Roxtec Bruno Galhardo, o entrevistado de hoje (5) dentro do projeto Perspectivas 2020. “Com os novos FPSOs entrando em operação e atividade de perfuração retomando fôlego com os novos contratos, vejo um mercado de serviço em processo de aquecimento”, opinou. “Outro ponto que movimentará o mercado diz respeito à revitalização de campos maduros e a consolidação de players que vieram para o Brasil recentemente investir nesse segmento”, acrescentou. Galhardo também avalia que a retomada do setor de óleo e gás no Brasil precisa trazer benefícios para todos os elos da cadeia, sendo que a indústria naval ainda está de fora desse processo. O executivo acredita que políticas precisam ser adotadas para que as petroleiras internacionais e a própria Petrobrás comecem a contratar a construção de plataformas no Brasil, gerando empregos no país.

– Como viu o seu setor no ano de 2019 ?

O ano de 2019 se iniciou com certa cautela natural com a entrada de um novo governo e expectativa das ações macroeconômicas que seriam tomadas. No que tange o mercado de óleo e gás, tivemos uma esperada continuação nos leilões da ANP, o que é salutar para o mercado, mesmo que o resultado dos últimos não tenham sido o esperado. Mostra uma reação no sentido de trazer perspectivas para o setor e atrair investimentos.

Grandes IOCs estão aumentando sua participação no mercado e a Petrobras intensifica sua estratégia de investir em E&P, com a aquisição dos campos mais atrativos.

– Qual é a sua expectativa para 2020 ?

Com os novos FPSOs entrando em operação e atividade de perfuração retomando fôlego com os novos contratos, vejo um mercado de serviço em processo de aquecimento, o que acarretará uma maior disponibilidade de oportunidades de trabalho.

Outro ponto que movimentará o mercado diz respeito à revitalização de campos maduros e a consolidação de players que vieram para o Brasil recentemente investir nesse segmento e empresas nacionais que estão focando suas atividades neste ramo. Novas tecnologias serão empregadas para o aumento do fator de recuperação e esse conhecimento será de grande valia para o país.

O processo de descomissionamento será ainda mais discutido, haja visto que existem unidades que precisarão ser descomissionadas num futuro próximo e que poderão gerar empregos nos estaleiros nacionais que atuarem nesta área.

O mercado de gás se tornará cada vez mais relevante e movimentará investimentos na transição energética, com grandes oportunidades para o mercado Onshore também.

– O que gostaria de sugerir para que seu segmento de negócios fosse mais ativo?

Essa grande retomada do setor de óleo e gás no Brasil, precisa trazer benefícios para todos os elos da cadeia (Governo, Operadores, EPCistas, estaleiros, indústria), mas vejo que os estaleiros brasileiros e a indústria não estão tendo a relevância desejada nesse processo, o que é uma pena, pois são segmentos do mercado que empregam bastante.

Políticas precisam ser adotadas para que possamos tornar mais atrativo às grandes IOCS e a própria Petrobras, a construção destas unidades no Brasil.

Não digo simplesmente o aumento de conteúdo local. Digo que nossa indústria precisa ser mais competitiva em diversos aspectos para que possamos inclusive, sermos capazes de construir e exportar para outros países. A redução do chamado “Custo Brasil” é fundamental para que esse plano se viabilize.

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