MINISTÉRIO PÚBLICO DENUNCIA MAIS 15 PESSOAS ENVOLVIDAS EM ESQUEMAS NA PETROBRÁS

A lista de denunciados pelo Ministério Público em função das descobertas na Operação Lava Jato aumenta cada vez mais e agora um novo processo inclui novas denúncias de 15 pessoas. As acusações giram em torno de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, a partir do contrato para a construção do Centro de Pesquisas da Petrobrás (Cenpes), no Rio de Janeiro.

O contrato, que tinha valor inicial de R$ 850 milhões, mas custou mais de R$ 1 bilhão, foi realizado pelo Consórcio Novo Cenpes, formado pelas empresas OAS, Carioca Engenharia, Schahin, Construbrase e Construcap, que, segundo o Ministério Público, teriam pago mais de R$ 20 milhões em propinas para funcionários da Petrobrás e representantes do PT.

O ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores Paulo Ferreira (foto), que já havia sido denunciado por acusações de participar de um esquema de pagamento de propina ligado ao Ministério do Planejamento, foi alvo de uma nova denúncia. Outros três citados no processo também já haviam sido denunciados anteriormente por conta da Lava Jato. No entanto, é a primeira vez que as empresas Construcap e Construbase são alvo de denúncias.

Ao todo, nove executivos das empreiteiras citadas foram denunciados: Roberto Ribeiro Capobianco, Ricardo Pernambuco Backheuser Júnior, Ricardo Backheuser Pernambuco, José Antônio Marsílio Schwarz, José Aldemário Pinheiro Filho (Léo Pinheiro), Genésio Schiavinato Júnior, Erasto Messias da Silva Júnior, Edison Freire Coutinho e Agenor Franklin Magalhães Medeiros.

Os outros cinco denunciados no processo são o ex-diretor de serviços da Petrobrás Renato Duque, já condenado a mais e 20 anos de prisão, e quatro operadores de propina — Adir Assad, Rodrigo Morales, Roberto Trombeta e Alexandre Romano.