MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL DENUNCIA BUMLAI, CERVERÓ, ZELADA E EXECUTIVOS DO GRUPO SCHAHIN

A tarde desta segunda-feira trouxe uma nova rodada de denúncias contra os envolvidos na Operação Lava Jato. A nova lista do Ministério Público Federal conta com José Carlos Bumlai (foto), Nestor Cerveró, João Vaccari Neto, executivos da Schahin, entre outros nomes célebres dentro das investigações. Os crimes são variados, como lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, corrupção ativa e passiva. Os procuradores também reparação por danos causados à Petrobras de R$ 53,5 milhões.

A acusação é referente a escolha da Schahin Engenharia para operação do navio-sonda Vitória 10.000. A escolha da empresa veio da diretoria Internacional da Petrobrás, comandada por Cerveró e posteriormente por Jorge Zelada, também denunciado pelo MPF.

A lista completa conta ainda com Salim Taufic Schahin, Milton Taufic Schain, Fernando Schahin, Maurício de Barros Bumlai, Cristiane Barbosa Bumlai, o ex-gerente da estatal Eduardo Musa e o lobista Fernando Soares.

Alguns dos citados já cumprem prisão, como Bulmai, preso no último dia 24 durante a 21ª fase da Operação Lava Jato, e Nestor Cerveró, cumprindo sentença no mesmo local, a Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Além deles, Jorge Zelada e João Vaccari Neto estão no Complexo Médico-Penal e Fernando Soares cumpre prisão domiciliar.

A versão que vem sendo investigada pela Polícia Federal aponta para o uso do contrato do navio-sonda como pagamento de uma dívida junto ao Banco Schahin, do mesmo grupo. O contrato vencido foi de R$ 1,3 bilhão, para compensar os R$ 12 milhões que teriam sido usados para quitar dívidas do Partido dos Trabalhadores.