MINISTÉRIO PÚBLICO QUER PELO MENOS 30 ANOS DE PRISÃO PARA JOÃO VACCARI POR CORRUPÇÃO NA PETROBRÁS

vacariSer herói pode custar muito caro. Esta verdade terá ser enfrentada pelo ex-tesoureiro do PT ,  João Vacari Neto, que terá uma pena  pedida pelo Ministério Público de 30 anos de prisão. A menos que ele também desista do papel de “herói morto” e também busque o recurso da delação premiada.   O Ministério Público Federal  afirmou que  João Vaccari  se utilizou da estrutura de partido político para perpetrar ilícitos, revelando com isso seu forte desrespeito às instituições políticas nacionais, “ refletindo personalidade severamente negativa.”

 Vaccari está sendo acusado   por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa e estará sujeito a uma pena superior a 30 anos de prisão em uma das ações penais sobre o esquema de corrupção que se instalou na Petrobrás entre 2004 e 2014.  Os procuradores afirmam que ele integrou organização criminosa para influenciar o processo eleitoral, diante do pagamento de propinas via doações oficiais e não oficiais.

 Essas afirmações  constam das alegações finais do relatório da Procuradoria da República, fase do processo em que acusação e defesa apresentam  argumentos para o juiz Sérgio Moro. São quase 300 páginas.  Os  Procuradores da República também pedem a condenação do ex-diretor da Petrobrás, Renato Duque e de outros nove investigados na Operação ‘Que País é Esse?’, deflagrada em fevereiro. São acusados também  os lobistas Adir Assad, Mário Góes e Julio Camargo, o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa,  Alberto Youssef, Pedro Barusco,  Augusto Mendonça, Sonia Branco e Dario Teixeira.  Os que já confessaram os  ilícitos até agora são Mário Góes, Barusco, Julio Camargo, Paulo Roberto Costa, Youssef e Augusto  Mendonça.

 No documento, os procuradores fazem menção à distribuição de propinas a deputados, senadores e governadores. Os políticos recebiam parte da propina tirada dos contratos superfaturados.  O MPF diz que os denunciados praticaram os crimes sabendo que os valores eram repassados a parlamentares, “ impactando o sistema político e vilipendiando a democracia, sendo responsáveis por manter a corrupção dentro da Petrobrás, bem como os respectivos mecanismos de lavagem envolvidos.”

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