MINISTRO DE MINAS E ENERGIA QUER O BRASIL COMO O 4º MAIOR PRODUTOR DE PETRÓLEO, MAS PRODUÇÃO ESBARRA NA BUROCRACIA AMBIENTAL

alexandre-silveira-300x214O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, irá lançar o programa Potencializa E&P, que tem como objetivo garantir investimentos em exploração de petróleo e gás natural e transformar o Brasil no quarto maior produtor de petróleo do mundo. A iniciativa será apresentada na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) – ainda sem data definida. O Potencializa E&P pretende trabalhar os pontos críticos para desenvolvimento da exploração de áreas de fronteira e estimular investimentos em campos maduros ou de economicidade marginal. Além disso, o programa pretende promover o desenvolvimento regional, fomentar os produtores de petróleo e gás independentes, cujas ações geram aumento da arrecadação, tributos, participações governamentais, empregos e renda. A ideia é boa, mas se o governo não contar com a boa vontade dos técnicos do Ibama e de outros órgãos ligados ao meio ambiente, pode tirar o cavalo da chuva, porque este será mais um projeto que não dará certo no Brasil. E é bom correr, porque as reservas do pré-sal estão sendo exploradas enquanto a Margem Equatorial está aos trancos e barrancos nas gavetas dos ambientalistas que odeiam o progresso.

Segundo o ministro, o objetivo é assegurar, por meio de medidas de política pública, o desenvolvimento contínuo da indústria de Exploração e Produção de Petróleo e GásMARGEM QUATRORIAL Natural no Brasil. De acordo com ele, o cenário extremamente desafiador de competição global por investimentos, a necessidade de repor reservas de petróleo e gás e a transição energética exigem celeridade de todos os atores do governo, seguindo as diretrizes do governo do presidente Lula de promover o desenvolvimento do Brasil com bom senso e respeito ao meio ambiente: “O futuro da transição energética também passa pelo petróleo e pelo gás natural, precisamos aproveitar a riqueza do povo brasileiro que está no subsolo. Sem medidas para promover sua exploração e produção, não há empregos, renda ou desenvolvimento regional. Temos uma janela de oportunidade, não podemos perder o novo pré-sal que pode estar na margem equatorial e que será o passaporte para o futuro das regiões Norte e Nordeste do Brasil.”

O Brasil produz atualmente mais de três milhões de barris de petróleo por dia. A expectativa é de que este número chegue a 5,4 milhões até 2029, com expectativa de se tornar o 4º maior produtor de petróleo do mundo – com 80% destes recursos vindos do pré-sal.  As áreas ainda não contratadas do pré-sal apresentam alto risco FPSOgeológico e pequeno potencial para novas descobertas de volumes expressivos de petróleo e gás natural, sendo necessário desenvolver novas fronteiras exploratórias como a margem equatorial brasileira, que se estende do litoral do Rio Grande do Norte ao Oiapoque (AP), no extremo norte do País. O último poço com licenciamento ambiental aprovado na margem equatorial foi em 2015 na Bacia Potiguar.

De acordo com estudos do MME, a retomada do licenciamento ambiental de projetos de E&P na margem equatorial teria o potencial de gerar uma arrecadação estatal de US$ 200 bilhões, caso fossem descobertos e produzidos 10 bilhões de barris de petróleo na região, além da geração de centenas de milhares de empregos. Desde o final de janeiro de 2023, a Petrobras encontra-se com uma sonda de perfuração parada em águas profundas costa do estado do Amapá, ao custo superior a US$ 500 mil por dia, aguardando a emissão da devida licença. “Não tem sentido a Guiana e o Suriname estarem atraindo investimentos e riqueza, com quase uma centena de poços perfurados, já tendo sido descoberto mais de 13 bilhões barris de petróleo.”

A boa iniciativa do ministro teve logo apoio do  Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), principal entidade do setor, que divulgou a seguinte nota:

“O IBP enxerga como muito positiva a iniciativa do Ministério de Minas e Energia (MME), liderada pelo Ministro Alexandre Silveira, para fomentar o desenvolvimento da

Roberto Ardenguy - Presidente do IBP

Roberto Ardenguy – Presidente do IBP

indústria de óleo e gás, a partir do programa “Potencializa E&P”. O objetivo do programa é atrair investimentos em exploração de petróleo e gás natural.

 A meta de transformar o Brasil no quarto maior produtor de petróleo do mundo é desafiadora, mas a indústria de petróleo brasileira já mostrou que tem capacidade técnica, tecnologia e recursos humanos para atender o crescimento da produção. A iniciativa do governo em apoiar o desenvolvimento das atividades de exploração e produção em campos maduros e também em áreas com grande potencial, mas ainda não exploradas como Margem Equatorial, por exemplo, passa uma sinalização favorável aos agentes do mercado e investidores, e conta com total apoio do IBP.

O alinhamento entre governo e setor produtivo fortalece o mercado brasileiro, pois gera previsibilidade, segurança jurídica e credibilidade para atração de novos investimentos, fundamentais para o desenvolvimento do setor de óleo e gás que tem papel central no processo de transição e segurança energética.
A indústria de óleo e gás representa cerca de 15% do PIB industrial e tem a estimativa de geração de mais de 445 mil postos de trabalho diretos ou indiretos ao ano na próxima década e cerca de US? 180 bilhões em investimentos nesse mesmo período. Estimular o desenvolvimento do setor significa investir no crescimento da economia brasileira.”

 

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Ralfo Penteado
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Ralfo Penteado

Estamos no querendo desde quando surgiu a bacia de Campos. JmEGW

Maria Gomes
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Maria Gomes

Meus amigos todos dessa região ta desempregado, esses dias se animaram pq os RH dessas antigas empresas já contactaram eles nos últimos dias avisando que em breve vai reativar tudo

Pedro José
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Pedro José

Senhor Ralfo, no governo Figueredo, a meta era bater 200 mil barris por dia. Atualmente a Perrobras tem uma produção de cerca de 2,64 milhões bpd. A Petrobras vem ano a ano agregando reserva provada. Descobriu o Pré-Sal com poços produzindo a altíssima vazão, mormente os poços do Campo de Búzios. Então no início da Bacia de Campos ninguém tinha a pretensão de ser um dos maiores produtores. Porque não dominavam a tecnologia de água “profunda”. Lembro quando a Petrobras perfurou um poço recorde de profundidade do solo marinho na época, a propaganda era comparando a profundidade com 13 estátuas… Read more »

Wilson Campos Junior
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Wilson Campos Junior

E a transição energética, como é que fica?

Jodiclei
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Jodiclei

Parando as privatizações, STF acabando com a segurança jurídica, governo retrógrado e enchendo as empresas de políticos corruptos, como vai atrair investidores?

Joao
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Joao

Privatizar pra que?? Para passar a riqueza do nosso povo pras mãos de particulares que só visam lucro??

Jacob Binsztok
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Jacob Binsztok

E perfeitamente possível equacionar a exploração e produção de petróleo e gás as exigências dos órgãos ambientais.

Xel
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Xel

Como sempre o Brasil em mãos erradas! Em vez desse idiota querer aumentar a produção de petróleo indo em contra mão do futuro,deveria está querendo ser o maior produtor de energia limpa do país. A incompetência desses políticos e suas alas chega ser insano.

Maurício
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Maurício

Os órgãos Ambiental estão cobertos de Razão “O PETRÓLEO JÁ ERA” O Brasil tem uma oferta expressiva para produção de energia limpa, para substituir o petróleo .

Thiago Nunes
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Thiago Nunes

Pensei que Bolsonaro iria fazer a economia girar pelos blá blá blá da campanha de 2018. Más o cara mesmo é Lula e não tem pra ninguém foi uma pena esse prejuízo na área de minas e energia do governo Bolsonaro

Jorge
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Jorge

Iludido é pior que doido

Vilmarjesusdecarvalho509@gmail.com
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Vilmarjesusdecarvalho509@gmail.com

Vocês tem que incentivar a produção de alimentonSvdys isso sim

Michele
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Michele

O resto do mundo esta investindo energia solar e carros eletricos e ele chega agora a investir no petroleo. Gastar agora en refinarias e estracao profunda vai dar mas custos que profitos. Sem contar superfaturanento certo das obras e que vao precisar de 10-12 anos por ser construidas, en estilo rio sao Francisco. Qualquer desculpa è boa pra gastar dinheiro publico.