MINISTRO JOAQUIM LEITE FALA SOBRE O DESAFIO DO LICENCIAMENTO NA MARGEM EQUATORIAL DURANTE A RIO OIL & GAS

O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, falou com jornalistas após a cerimônia de abertura da Rio Oil & Gas, que começou hoje (26), no Rio de Janeiro. Ele falou um pouco sobre um dos assuntos mais discutidos até aqui nesse primeiro dia de feira – a exploração de petróleo e gás na Margem Equatorial. Para Leite, é possível sim viabilizar a produção de óleo na região e, ao mesmo tempo, garantir a segurança ambiental no entorno dos blocos. O ministro também projetou o futuro do Brasil como um grande fornecedor de energia para o exterior, especialmente por conta de seu potencial para produção de hidrogênio verde. Veja abaixo a íntegra da entrevista coletiva:

O tema da Margem Equatorial ganhou destaque na abertura da feira. Contudo, o licenciamento ambiental na região é desafiador. Como superar isso?

Tudo o que fazemos é seguir as rigorosas leis brasileiras, especialmente na área de exploração de petróleo. Junto com o ministro [de Minas e Energia] Adolfo Sachsida, atuamos para realizar uma exploração sustentável. Caminhamos juntos para que isso aconteça e, assim, que o Brasil possa explorar todas as oportunidades no setor de óleo e gás e na economia verde.

O setor de óleo e gás já está no caminho de uma economia verde. Você vê aqui na feira, por exemplo, o petróleo com menor pegada de carbono do mundo, apresentado pela Petrobrás. O Brasil tem a oportunidade de ser um país da segurança da energia e também da energia verde.

Então, é possível explorar a Margem Equatorial e garantir a proteção do meio ambiente?

Com certeza. Dá para fazer as duas coisas ao mesmo tempo: explorar o petróleo e garantir a proteção ambiental.

Durante a abertura da Rio Oil & Gas, o senhor falou um pouco sobre a participação do Brasil na COP 27, que será realizada em novembro. Poderia falar mais sobre o que o país irá apresentar na conferência?

A Conferência do Clima deste ano será muito voltada à energia. O Brasil vai apresentar-se como o país das energias verdes. Levando em consideração biomassa, eólica e solar, estamos falando de mais de 100 GW de excedente para produção de energia. É uma energia mais competitiva, no Nordeste principalmente. Além disso, temos a energia eólica no mar, que também tem um potencial de mais de 1.000 GW. Vamos mostrar esse potencial de energia verde para que uma nova indústria verde se instale no Brasil.

A nossa matriz elétrica é 85% renovável. E você pode transformar esse excedente de energia em hidrogênio e amônia verde para exportação. O etanol também tem um papel importante no hidrogênio. Você pode transformar o etanol em hidrogênio. A Europa está buscando uma energia 100% renovável e o hidrogênio verde é o caminho. O Brasil será um dos fornecedores dessa nova energia limpa para o mundo.