MOKVELD LANÇA EQUIPAMENTO PARA AUMENTO DE PRODUTIVIDADE EM PLATAFORMAS E PLANEJA TESTAR TECNOLOGIA JUNTO À PETROBRÁS | Petronotícias




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MOKVELD LANÇA EQUIPAMENTO PARA AUMENTO DE PRODUTIVIDADE EM PLATAFORMAS E PLANEJA TESTAR TECNOLOGIA JUNTO À PETROBRÁS

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) – 

Victor DiasO cenário de incertezas e preocupações com os negócios do setor de óleo e gás vem dando, aos poucos, o lugar para expectativas mais positivas para os próximos anos. Para a empresa fabricantes de válvulas Mokveld, boa parte da esperança de dias melhores gira em torno dos contratos que virão com a exploração de Libra, Sépia e upgrade de Mexilhão. Contudo, enquanto a crise não passa, a empresa tem direcionado sua atuação para serviços de manutenção, reparo e upgrades de sistemas existentes. “Como não temos no momento grandes projetos no Brasil, estamos colocando isso como prioridade”, explicou o gerente da empresa no País, Victor Venâncio Dias. O executivo afirma que a expectativa da empresa é de melhora no ambiente de negócios e aponta que a realização de novos leilões e os desinvestimentos da Petrobrás em campos onshore e campos maduros, juntamente com a flexibilização da obrigatoriedade de investimento da estatal no pré-sal, podem ajudar ainda mais na retomada do setor, com novos players atuando no mercado. O executivo também revela que a empresa lançou recentemente um novo equipamento que serve para aumentar a produtividade de plataformas e que a meta é colocar esta nova tecnologia em testes com a Petrobrás.

Qual é o foco de atuação da Mokveld?

A empresa é holandesa e está presente em 18 países. Nossa companhia trabalha fabricando válvulas engenheiradas que são usadas em diferentes situações, como em plataformas, refinarias, dutos e também na área subsea. Fabricamos na Holanda e na Malásia e exportamos para o mundo inteiro.

Há quanto tempo a empresa atua no Brasil?

No Brasil, temos presença através de representantes há 15 anos e temos escritório próprio há quatro anos. Já tivemos contratos no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), nos FPSOs replicantes P-74 e P-76, no FPSO Tartaruga Verde Mestiça e também no FPSO pioneiro de Libra.

Quais as perspectivas da empresa para o mercado de óleo e gás no Brasil?

Esse setor não está com tanta opção no momento, está realmente tudo muito parado. Temos muita expectativa com Libra, Sépia e Mexilhão. Além disso, nós temos direcionado a nossa estratégia para manutenção, reparo e upgrades de sistemas existentes. Como não temos no momento grandes projetos no Brasil, estamos colocando isso como prioridade.

E qual o balanço a empresa faz da atuação no Brasil?

O mercado brasileiro já atendeu melhor nossas expectativas quando a gente tinha um volume de negócios mais expressivo. Mas hoje, a imagem do Brasil está temporariamente prejudicada . O volume de negócios também caiu bastante, e isso está ocorrendo para todas as empresas do setor. Ainda assim, temos uma expectativa de que vai melhorar. Temos uma boa expectativa com a nomeação do Márcio Felix, novo secretário de petróleo e gás do Ministério de Minas e Energia. Ele conhece bem o mercado e sabe dos anseios da comunidade de óleo e gás.

Quais medidas o senhor considera importante para reanimar o mercado de óleo e gás?

A primeira é destravar os leilões, tanto onshore quanto offshore. Precisamos ter uma programação de leilões bem definida para termos mais empresas operando e voltando a gerar empregos. Temos que tentar mudar a estratégia de conteúdo local, tirando a penalidade e promovendo vantagens para quem atingir as metas. Por exemplo, ao invés de punir quem não atinge os índices, poderia existir uma premiação para quem cumprir os percentuais. Isso poderia ajudar a produtividade da indústria brasileira.

Outro ponto interessante são os desinvestimentos da Petrobrás em campos onshore e campos maduros offshore. Passar esses ativos para a iniciativa privada poderia alavancar este segmento de mercado como um todo. A empresa que assumir um campo desses faria investimentos para aumentar a produtividade. Para a Mokveld seria interessante essas novas companhias atuando no desenvolvimento desses campos de produção no Brasil.

O foco da empresa no Brasil é na produção onshore ou offshore?

No offshore. São válvulas maiores, com maior classe de pressão, operando em aplicações de controles críticos e serviços severos. A gente já tem um bom volume de negócios, mas pretendemos expandir ainda mais nesse mercado de válvulas choke, SDVs, válvulas de controle, retenção e HIPPS.

Qual o lançamento mais recente da Mokveld?

Temos um equipamento lançado recentemente que é a Typhoon Valve. Ela serve para aumentar a produtividade de plataformas de produção através da redução do tempo de separação das fases água, óleo e gás. Esta tecnologia já está sendo usada no exterior e queremos colocar em testes com a Petrobrás, porque entendemos que este benefício seja interessante para a estatal aumentar a sua produtividade.

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