NAVIO LANÇADOR DE TUBULAÇÕES JÁ ESTÁ NO MAR DA DINAMARCA PARA INICIAR CONCLUSÃO DO GASODUTO NORD STREAM 2
A Rússia retomou a construção do Gasoduto Nord Stream 2 que estava interrompida há quase um ano, apesar de uma recente advertência dos Estados Unidos. A linha une a Rússia à Alemanha para atender ao mercado europeu de gás através de uma nova rota. Para completar este projeto de de 10,9 bilhões de dólares, o navio russo Fortuna coloca uma seção de 2,6 km de oleoduto na área econômica exclusiva alemã no Mar Báltico. Com o anúncio, as ações da Gazprom aumentaram 3,5% na Bolsa de Moscou. Inicialmente, a implementação do Nord Stream 2 estava prevista para o começo de 2020. O Nord Stream 2 dobrará a capacidade de fornecimento de gás russo em relação à do Nord Stream 1, em funcionamento desde 2012, garantindo a segurança do abastecimento da Europa Ocidental através do Mar Báltico.
Os Estados Unidos e a Polônia temem a dependência dos europeus ao gás russo. Alegam que essa dependência poderia ser usada por Moscou para exercer pressões políticas. Os americanos também querem fornecer gás para os europeus. A retomada das obras para terminar o gasoduto começou quando os navios russos Fortuna e Akademik Tscherski, especializados na instalação de tubos, foram para o local onde a obra foi interrompida, a cerca de 150 quilômetros do litoral da Alemanha.
Segundo o consórcio da Nord Stream 2, resta completar apenas 6% do gasoduto, ou seja, 120 km em águas dinamarquesas, e 30 km, em águas alemãs. O projeto se associa, principalmente, ao gigante russo Gazprom com cinco grupos europeus: o francês Engie, os alemães Uniper e Wintershall, o austríaco OMV e o anglo-holandês Shell. Apesar de seus 1.230 km estarem quase finalizados, o projeto foi interrompido em dezembro de 2019, após a decisão dos Estados Unidos de aplicar sanções às empresas envolvidas no projeto.
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