NOVA FASE DA LAVA JATO INVESTIGA ESQUEMA DE LAVAGEM DE DINHEIRO ENVOLVENDO R$ 50 MILHÕES
Depois do terremoto Donald Trump na presidência dos Estados Unidos, o Brasil voltou a ser sacudido com uma nova fase da Operação Lava Jato nesta quinta-feira (10), investigando um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo R$ 50 milhões para empresas que já estavam sob a mira da Polícia Federal e do Ministério Público.
Batizada de Operação Dragão, a 36ª fase das investigações envolveu o cumprimento de 18 mandados judiciais, sendo 16 de busca e apreensão e dois de prisão preventiva, em Jaguaruana, no Ceará; Barueri, Santana de Parnaíba e capital de São Paulo; e em Curitiba e em Londrina, no Paraná.
Os mandados de prisão foram direcionados ao empresário e lobista Adir Assad, que já está preso em Curitiba, na carceragem da Polícia Federal, e ao advogado Rodrigo Tacla Duran, que está no exterior. Assad já havia sido preso pela primeira vez na 10ª fase da Lava Jato, em março de 2015, conseguiu passar ao regime domiciliar em dezembro do ano passado, mas em agosto deste ano o juiz Sergio Moro mandou prendê-lo novamente. O novo mandado de prisão deve dificultar um possível Habeas Corpus.
Um dos mandados de busca e apreensão cumprido é voltado à Concessionária Econorte, em Londrina; e outro à Construtora Triunfo, em Curitiba, sendo que os investigadores citaram outras empresas usuárias do esquema, como Mendes Júnior e UTC Engenharia, que teriam repassado R$ 25,5 milhões e R$ 9,1 milhões entre 2011 e 2013 aos operadores do esquema. Além disso, outras empresas envolvidas repassaram R$ 18 milhões com o mesmo objetivo no período.
De acordo com os investigadores, Adir Assad repassou mais de R$ 24,3 milhões para Rodrigo Tacla Duran, enquanto empresas ligadas a outro operador, Ivan Orefice Carratu, ligado a Duran, receberam mais de R$ 2,9 milhões de Assad.
A Polícia Federal informou também que o nome da operação “é uma referência aos registros na contabilidade de um dos investigados que chamava de ‘operação dragão’ os negócios fechados com parte do grupo criminoso para disponibilizar recursos ilegais no Brasil a partir de pagamentos realizados no exterior”.
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