ALUMINI ATRASA PAGAMENTOS DO PROCESSO DE RECUPERAÇÃO E PODE IR À FALÊNCIA

Snox RnestO País passa por um momento duro e muitos trabalhadores sofrem na pele não só as consequências do amplo crescimento do desemprego, mas também os atrasos de pagamentos e rescisões a que tinham direito. Na esteira da crise do setor de petróleo e da conturbada situação das empreiteiras no País, muitas delas fortemente impactadas pela Operação Lava Jato, há milhares de operários e profissionais capacitados em luta contínua para conseguirem seus direitos, mas nem sempre o horizonte mostra as respostas que todos gostariam de ouvir. Um caso claro disso é o da Alumini Engenharia (ex-Alusa), que não quitou os pagamentos que tinha combinado por meio do processo de recuperação judicial até o início deste mês e pode acabar tendo sua falência decretada, já que a situação já foi informada pelo administrador judicial à Justiça.

A empresa tinha até o dia 3 de novembro para quitar dívidas com fornecedores e cerca de 5 mil trabalhadores que atuaram em obras pelo País, mas não efetivou os pagamentos. A Deloitte, que ficou responsável pela administração judicial do processo, mandou um email lacônico para os credores, em que sentenciava o calote por parte da Alumini:

“Prezado, o plano de recuperação judicial aprovado no ano passado prevê o pagamento integral até o dia 03/11/2016. Infelizmente, a Alumini não efetuará os pagamentos hoje (3/11). Informaremos o juiz, que tomará as medidas cabíveis”.

As dívidas da empresa seriam da ordem de R$ 762 milhões na época do fechamento do plano de recuperação judicial, mas não se sabe o montante atual, sendo que a principal expectativa dela para quitar os valores com os credores e trabalhadores eram ações contra a Petrobrás na Justiça.

A empresa tinha três grandes contratos com a estatal brasileira, todos para a Refinaria Abreu e Lima, onde tinha ficado responsável pela construção da Casa de Força (em que esperava receber R$ 760,3 milhões), a unidade SNOx (com expectativa de receber R$ 421,3 milhões) e as unidades da carteira de enxofre (em que esperava conseguir R$ 490,6 milhões), somando mais de R$ 1,672 bilhão, segundo seu plano de recuperação judicial aprovado pela justiça em 20 de janeiro de 2015.

A situação é complicada, porque a companhia alega ter tido duras perdas nos últimos anos nestes contratos com a Petrobrás, mas ao mesmo tempo foi citada em investigações relativas à Operação Lava Jato e foi suspensa do cadastro da estatal por dois anos, além de ter tido seus contratos rescindidos unilateralmente pela companhia, o que complicou bastante o processo de retomada da credibilidade e de conseguir reaver valores na justiça.

Como o plano de recuperação da empreiteira era lastreado principalmente nestes contratos, a falta de definição na disputa entre as duas partes complicou o processo e agora a falência bate à porta da companhia, que vem evitando comentar o assunto. O Petronotícias tentou ouvir a empresa, mas não obteve resposta. Tentou ouvir a própria Delloite, mas a assessoria de imprensa da empresa afirmou que não é costume da Delloite comentar casos de seus clientes ou de qualquer outra empresa.

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walisongilberto nabor de andradeIrineo MachadoEx funcionáriosWashington Recent comment authors
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Carlos
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Infelizmente nós fornecedores é que vamos pagar a conta!!!

Luciano
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Luciano

Os trabalhadores mais uma vez fica na mão, dois anos se passaram e nada.

Angelo Márcio Rosa Francisco
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Então ficamos na mão de novo né eu mandei todas as documentações do plano de recuperação de gadastro e até agora nada.

Washington
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Washington

Nós, ex-funcionários estamos passando por dificuldades financeiras devido o nosso dinheiro esta na mão dessa empresa corrupta, além de esta há mais de anos nos enganando, a empresa tem a “a cara de pau” de fazer proposta de acordos indecentes.

Por mim ela pode abrir falência.

” TUDO OU NADA “

Ex funcionários
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Ex funcionários

A empresa está muito bem em seus contratos fora da petrobras, dinheiro pra pagar ela tem, mas como é um bando de curruptos junto com um sindicato safado, ficam usando de má fé e fazendo propostas absurdas… NÃO AO ACORDO. Ou paga tudo ou decreta falência

Irineo Machado
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Irineo Machado

Os donos da Alusa ficaram, e ainda sao, bilionarios com o trabalho e esforco de seus empregados. Hoje, nos tratam com desrespeito, nos humilham e nos ofendem. Dois anos se passaram e cade o nosso pagamento da quitacao? As pessoas fisicas que eram, ou ainda sao,donas e responsaveis pela empresa tem que ser responsabilizadas pelo pagamento das recisoes trabalhistas.A Justica tem o dever de resgatar das fortunas pessoais destes dirigentes o dinheiro necessario para o pagamento das recisoes dos ex- funcionarios da Alusa. “Isto e uma vergonha”.

gilberto nabor de andrade
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gilberto nabor de andrade

Esses pilantras, canalhas, corruptos, ficaram com o meu dinheiro de trabalho honesto, esses ladrões recebiam o dinheiro da petrobras e não pagavam aos fornecedores e empregados, e a justiça brasileira aliviou esses canalhas e ladrões que mereciam ter seus bens sequestrados, da Alusa e da Alumini, foi uma falcatrua a venda da alusa para seus próprios diretores, cadeia nesses canalhas e nos juízes corruptos que ajudaram esses bandidos se safarem da lava jato.

walison
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walison

quero trabalha