NOVA FASE DE BÚZIOS COMEÇARÁ EM 2024 USANDO FPSOS COM MAIOR CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
O campo de Búzios é o grande destaque do noticiário desta quarta-feira (15). A novidade de agora é que a segunda fase do ativo deve estrear em 2024, de acordo com presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco. O executivo também confirmou que, nesta nova etapa, serão usados navios-plataformas com uma capacidade de produção maior do que os utilizados na fase 1 do campo.
“Estamos trabalhando no projeto de desenvolvimento da produção [da fase 2]. Esperamos começá-la em 2024”, disse o executivo. “É um prospecto maior do o que da fase 1, com volume mais substancial de reservas. Vai requerer o emprego de mais plataformas, com maior capacidade”, completou o presidente. As declarações foram feitas durante webinar promovido pela MegaWhat.
As plataformas usadas na primeira fase do campo tinha capacidade de produção de 150 mil barris por dia. Já na nova etapa, serão empregadas unidades que podem produzir até 225 mil barris por dia, de acordo com Castello Branco.
Mais cedo, conforme noticiamos, Búzios já havia sido notícia por duas vezes. A primeira foi por conta do novo recorde de produção do campo, alcançado no início desta semana. Depois, a outra novidade foi o acordo entre a Keppel e Modec para construção do topside do FPSO Almirante Barroso, que deve começar a produzir na área em 2022.
DESINVESTIMENTOS: CASTELLO BRANCO DIZ QUE VENDA DE ATIVOS É PARA O BEM DOS ACIONISTAS E DO BRASIL
Durante o webinar, o presidente da Petrobrás voltou a defender o programa de desinvestimentos da estatal, dizendo que a atitude visa o “benefício dos acionistas da empresa e do Brasil”. Para reforçar sua tese, ele comparou os ganhos financeiros de uma refinaria e de projetos de exploração. “O retorno de uma refinaria tende a ser normalmente mais baixo do que a exploração e produção”, declarou. Sob esse prisma, Castello Branco alega que ao investir em negócios que trazem mais retorno financeiro, a direção da Petrobrás está “fortalecendo a empresa”.
Apesar do cenário de pandemia, o executivo reforçou novamente que o programa de desinvestimentos segue vivo. Sobre a venda de refinarias, ele lembrou que o processo de venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, entrou em fase final para o fundo Mubadala e que agora as partes estão negociando o acordo de compra e venda.
Em relação às demais refinarias que estão sendo negociadas, o presidente disse que o cenário de Covid-19 acabou interrompendo o processo de visitas de potenciais compradores. Por isso, esses negócios foram postergados. Castello Branco ainda concluiu dizendo que a venda de outros ativos, fora da área de refino, também continua se movendo e prometeu “novidades nas próximas semanas” dentro destes desinvestimentos, mas sem entrar em detalhes.
O exterminador da Petrobras