NOVO ADVOGADO DE MARCELO ODEBRECHT TENTA DESQUALIFICAR AÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DO JUIZ SERGIO MORO

NABORO Juiz Sergio Moro recebeu uma lista com 34 nomes de testemunhas no processo contra o presidente da Construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht. Há destaques nesta lista, como o ex-presidente da Petrobrás, José  Sergio Gabrielli, o presidente da FIESP, Paulo Skaf e o Ministro da Justiça do Canadá, Peter Mackay. Para quem sempre transitou em altas esferas dos negócios no Brasil, nenhuma surpresa. E não parece ter intimidado Sergio Moro. Foi a primeira aparição do super advogado Nabor Bulhões (foto), reconhecido pelo excelente trânsito  junto aos ministros do Superior Tribunal Federal. Possivelmente contratado por isso, já vislumbrando uma segunda fase do processo depois da provável condenação de Odebrecht. Bulhões pode ser a tábua de salvação para o empresário não ficar na cadeia. Uma qualidade que a antiga advogada não reunia. Possivelmente foi trocada por isso e não apenas por sua reconhecida agressividade jurídica.

A lista dos 34 foi enviada na manifestação de mérito da defesa do contra a denúncia a que responde Marcelo Odebrecht pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa por possíveis irregularidades em seis contratos de obras e serviços da Petrobrás. No documento, a defesa do empreiteiro ataca a acusação apresentada pelo Ministério Público e diz que o juiz Sergio Moro não teria imparcialidade suficiente para julgar o caso. Bulhões acusa o juiz de acreditar que todos os acusados já sejam culpados previamente. Mas o Ministério Público reuniu provas consistentes antes de pedir a prisão do empresário. Odebrecht não ficaria preso se isso não fosse realidade.

Os advogados de Odebrecht também tentam desqualificar o Ministério Público, por  “intensa publicidade opressiva”  decorrente do que qualifica como o ” espetáculo  das operações policiais”.  A exemplo das defesas apresentadas por outros empreiteiros presos na Operação Lava Jato, os advogados de Odebrecht questionam também os limites das buscas e apreensões na empresa e afirmam que a Operação Lava Jato se baseou em interceptações ilegais e dizem que, por haver parlamentares entre os citados na investigação, o caso deveria tramitar no Supremo Tribunal Federal (STF).

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