NOVO DIRETOR APOSTA EM CRESCIMENTO DA AKZONOBEL NO BRASIL
Por Bruno Viggiano (bruno@petronoticias.com.br)
No mês de junho, a AkzoNobel anunciou uma mudança na direção da companhia no Brasil. O holandês Jaap de Jong, que ocupava o cargo de diretor regional desde julho de 2011, foi substituído por Heder Frigo. Antes de assumir o posto, Frigo era diretor financeiro, posição que passou a acumular com sua indicação. Durante seu trabalho a frente da área financeira, o executivo liderou uma mudança no modelo organizacional da companhia, reorganizando equipes e atividades. De acordo com o novo diretor, o Brasil representa o 4° mercado mais importante da companhia, dentro dos cerca de 80 países em que atua. Somente no Brasil, no ano passado, a AkzoNobel faturou € 883 milhões e demonstra vontade de expandir sua atuação no país. Duas semanas atrás a companhia inaugurou uma fábrica de microesferas na unidade de Jundiaí. Para seguir crescendo no Brasil, Frigo afirmou que pretende dar continuidade ao processo iniciado na sua gestão como diretor financeiro, em busca de um modelo estratégico e sustentável.
Quais os principais planos para sua gestão à frente da AkzoNobel no Brasil?
A consolidação do modelo operacional da AkzoNobel. O desafio imediato é dar continuidade a este processo, com foco em melhoria contínua e busca pela excelência.
Algum projeto de expansão de atividades no país?
Na semana passada, anunciamos a inauguração de uma fábrica dentro da nossa unidade em Jundiaí (SP) para expandir microesferas utilizadas em variadas aplicações como, por exemplo, solados de calçados, bolinhas de tênis, rolhas de vinho e nas indústrias têxtil, automotiva e da construção civil.
Por quais outras companhias o senhor passou antes da AkzoNobel?
Nos mais de vinte anos de experiência que acumulei, passei por empresas como Wyeth, Pfizer, Novartis e Syngenta
Na sua gestão como CFO da companhia, foi realizada uma atualização do modelo organizacional. Que mudanças foram realizadas?
Efetuamos a reorganização de atividades internas e investimentos para otimizar processos. Os resultados podem ser medidos pela agilidade e simplificação na tomada de decisão, além de uma cultura de excelência e melhoria contínua.
Quantas unidades a AkzoNobel tem no país?
No Brasil, somos cerca de 2.900 colaboradores distribuídos em 15 unidades (14 fábricas e uma unidade administrativa) em seis estados brasileiros: Pernambuco, Bahia, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Maranhão.
A AkzoNobel pretende expandir sua linha de produtos para o mercado de óleo e gás?
Estamos sempre em busca de inovação dentro dos mercados em que atuamos, inclusive o de óleo e gás. Nosso mais recente lançamento para o segmento foi o Interplan Mobile – uma plataforma eletrônica que possibilita a criação de relatórios de inspeção de pintura e auxilia os gerentes de projetos a planejar a manutenção da proteção anticorrosiva de longo prazo dos revestimentos.
O momento ruim vivido pelo setor de O&G afetou de alguma maneira a companhia?
O momento é bastante desafiador para todo o setor e estamos focando em manter o equilíbrio em nossos negócios neste mercado.
Quanto foi o faturamento da companhia em 2014 e qual a expectativa para este ano?
No ano passado, registramos faturamento de € 883 milhões no país. Nosso objetivo para 2015 é concluir os processos de melhoria interna visando um melhor atendimento aos nossos clientes, excelência operacional, inovação e tecnologia. A maior competitividade advinda destes processos preparará a AkzoNobel para o crescimento estratégico e sustentável dos nossos negócios. O Brasil representa o 4º mercado mais importante para a companhia e esperamos manter a performance neste ano.
Heder é muito profissional e muito humano nas suas relações, certamente fará um bem enorme para a AkzoNobel, imprimindo um ritmo que há muito a empresa almeja mas que por força de elementos humanos detratores não conseguiu decolar.