NOVO PLANO DE NEGÓCIOS DA PETROBRÁS PRIORIZA COMPRAS NO EXTERIOR E EXPORTAR GRANDE PARTE DO PETRÓLEO CRU
Se você acredita que a Petrobrás priorizará a indústria brasileira com o seu plano de investimentos 2018-2022, olhe bem para esta foto e lembre-se que o corpo fala. Pode tirar o cavalo da chuva, porque não vai. Numa coisa ou outra terá a participação de empresas brasileiras, mas não é a prioridade da companhia. No dia 21 de dezembro, o Presidente da Petrobrás foi ao Palácio do Planalto para lançar formalmente o novo plano de Gestão, Negócios e investimentos da estatal para os próximos cinco anos. Com pompa e circunstância, ele foi apresentado na presença do Presidente Michel Temer e de muitas autoridades, inclusive do Ministro das Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. Foi lançado, mas ainda não se tinha visto os detalhes. A Agência Petrobrás publicou informações básicas, de praxe, mas sem o detalhamento necessário.
O Petronotícias apresenta agora a íntegra deste plano para os nossos leitores. Para um olhar atento, o que pode ser visto é a falta de compromisso firme com a indústria brasileira e um total direcionamento para compras no mercado internacional, através de afretamentos, sem o conteúdo nacional que havia sido previsto nas regras anteriores aprovadas pelo Congresso Nacional. Este é o segundo Plano de Negócios lançado por Pedro Parente desde que assumiu o comando da estatal em meados de 2016. O primeiro, lançado no Rio de Janeiro em setembro do mesmo ano, trouxe uma redução de 25% nos investimentos, que ficaram na casa de US$ 74 bilhões.
Desde que chegou ao Planalto, o governo atual vendeu a promessa de manter a independência da Petrobrás. Hoje, a empresa tem um sistema de reajustes diários nos preços dos combustíveis que, embora realista, trouxe uma confusão dos diabos para o mercado. Ninguem é capaz de saber exatamente o preço do litro de combustível na bomba. Nem o próprio coordenador da comissão responsável pelos reajustes, que dirá os donos de postos e, principalmente, o consumidor. Sem falar nos aumentos desenfreados no preço do gás, que causou um impacto forte na vida das famílias consumidoras.
A Petrobrás pretende instalar oito plataformas este ano, que poderão proporcionar mais de 1 milhão de barris por dia, chegando a uma producao diária de quase 3 milhões de barris. A empresa simplesmente abandonou os projetos para refinarias e suas modernizações. Vai produzir muito, refinar pouco e exportar grande parte do óleo cru, sem valor agregado. Para o Comperj, a previsão é concluir apenas a UPGN até 2020 e terminar o Gasoduto Rota 3. A gestão de Parente vai usufruir agora do acerto das gestões anteriores que contrataram as construções dessas plataformas. O Plano era que o petróleo produzido fosse transformado em combustíveis e produtos de alto valor agregado na Renest e no Comperj, mas isso não irá acontecer. Pelo menos até 2020, salvo se um novo presidente para companhia entrar e reverter este erro. Como a Petrobrás não tem capacidade para processar todo o petróleo, nossa matéria prima sera exportada na forma bruta. Depois, o país vai comprar mais caro os derivados que poderia produzir aqui.
Veja agora o Plano de Negócios da Petrobrás em Detalhes:
Como a Petrobrás não tem capacidade para processar todo o petróleo, nossa matéria prima sera exportada na forma bruta. Depois, o país vai comprar mais caro os derivados que poderia produzir aqui. Esse é o último parágrafo da matéria acima, onde a Petrobras, que muitos brasileiros tem como inegociável, diz que vai exportar o óleo crú para depois importar os seus derivados, pois não quer investir na ampliação/modernização das suas refinarias. Ou a sua gestão não a vê como uma empresa pública, que tanto orgulha muitos brasileiros, ou não está preocupada com os reflexos que essa política poderá trazer para… Read more »
Completamente errado o seu comentário, o Brasil produz um petróleo de baixa qualidade e importa um petróleo de alta qualidade.
Não tem nada do que você falou.