NOVO PRESIDENTE DO CTDUT PLANEJA CRIAR INCUBADORA NA ÁREA DE DUTOS E QUER AMPLIAR DIÁLOGO COM O SETOR
Por Bruno Viggiano (bruno@petronoticias.com.br) –
Eleito no último mês como novo presidente do Centro de Tecnologia em Dutos, Marcelino Guedes tem planos ambiciosos de expansão para o CTDUT. Além de buscar novas parcerias e projetos, o executivo, que já atuou na área de tecnologias subsea da Petrobrás e esteve à frente da Refinaria Abreu e Lima, pretende abrir uma incubadora de negócios para incentivar e ajudar start ups do setor de dutos, além de criar um programa de estágio para mestrandos e doutorandos, utilizando as instalações do local. Um dos principais desafios para um maior desenvolvimento do CTDUT, de acordo com Marcelino, é o desconhecimento por grande parte da indústria do petróleo sobre as atividades desenvolvidas. O senso comum aponta para um local em que se realizam projetos apenas para a Petrobrás e a PUC-Rio, segundo o executivo. Recentemente, no entanto, outras grandes empresas estiveram desenvolvendo projetos no CTDUT, como a Repsol e a Shell, por exemplo. Outro ponto importante na gestão do novo presidente será o diálogo mais próximo com associados, operadoras, governo e empresas. Para isso, ele planeja para o final deste ano, ou início do próximo, o I Encontro dos Desafios Tecnológicos das Atividades Dutoviárias, com o objetivo de falar das demandas do setor.
Quais as primeiras medidas a serem tomadas após a posse no CTDUT?
O principal objetivo é fortalecer o engajamento dos associados, clientes e parceiros. Expandir nossa carteira de clientes também é um objetivo grande, já que ainda somos vistos por grande parte do mercado como um Centro que presta serviços apenas para a Petrobrás e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Outro ponto é a revisão dos custos operacionais envolvidos na nossa planta. Reduzir esses valores facilita a vinda de empresas para a realização de testes no local. Uma incubadora de negócios, para start ups baseadas em tecnologia para a área de dutos, também está nos nossos planos, além de intensificar nosso relacionamento com universidades e abrir um programa de estágio para mestrandos e doutorandos utilizarem a nossa planta.
Quais os atrativos para que uma empresa ou instituição se associe ao CTDUT?
O CTDUT foi pensado por volta dos anos 2000, em cima de um conceito de espaço para facilitar a realização de testes em dutos de operação. Somente em 2006 foi inaugurado como Centro. Ou seja, estamos há dez anos buscando a instalação dos mais diversos laboratórios. Acho que podemos nos ver como uma espécie de clube, que reúne empresas, universidades, operadoras e outros membros da cadeia produtiva. Ao todo, hoje somos 12 colaboradores, trabalhando em laboratórios com escala real. A proximidade do CTDUT com a Refinaria Duque de Caxias (Reduc) também é um diferencial.
Qual a estrutura atual do CTDUT?
Atualmente, o CTDUT conta com cinco laboratórios: um Loop Multifásico de 12 polegadas, com 2.500 metros de comprimento, acoplado a um terminal terrestre; um Duto de Testes de 14 polegadas; um conjunto de tubos de seis polegadas a 16 polegadas; um Laboratório de Proteção Catódica; e um Laboratório de Integridade Estrutural.
Que projetos vem sendo desenvolvidos no momento?
São seis projetos atualmente, basicamente demandados pela Petrobrás. Com a Shell, nós temos um projeto na área de pigs, mas não posso dar detalhes sobre ele. No CTDUT, nós temos três tipos de atividades: públicas, com trânsito de informações limitadas interna e externamente, e secretas, que apenas alguns sabem e nem mesmo o título é anunciado. Nós esbarramos muitas vezes no desconhecimento sobre as atividades, e até mesmo na existência do CTDUT, por isso estamos buscando intensificar nossos cursos e fechar parcerias com entidades internacionais. O gerente de tecnologia da Shell Brasil, João Mariano, elogiou bastante as nossas instalações recentemente. Além dela, a Repsol também esteve realizando alguns procedimentos na nossa estrutura.
Como o Centro tem buscado auxiliar as empresas em meio à crise?
Redução de custos é a melhor maneira. Nós temos um trabalho de identificar quais tecnologias são soluções mais baratas para cada situação específica. Iremos realizar o I Encontro dos Desafios Tecnológicos das Atividades Dutoviárias, com o objetivo de falar das demandas que o setor tem, em um diálogo composto por fabricantes, operadoras, universidades e governo.
Como o senhor vê o atual momento do mercado, com projetos sendo postergados ou cancelados?
O preço do barril de petróleo regula as expectativas da indústria de óleo e gás. Apesar disso, o consumo não para e é uma questão apenas de tempo para que o preço seja reajustado para seu nível normal. A área de dutos segue seu caminho dentro do mercado de petróleo, tendo demandas e projetos para realizar. A produção não para, a distribuição e o consumo também não, e, para que essa lógica se perpetue, o mercado de dutos tem que estar preparado. Nós podemos ser vistos como as artérias da indústria, levando insumos de diversos tipos para todo o país.
O que o senhor acha da implantação de dutos aparentes no Brasil?
É um tipo de duto que o mundo não usa, de uma maneira geral. Não é uma prática usual na indústria, exceto em locais em que são registrados problemas de congelamento de solo, impedindo a utilização de dutos escondidos. Até mesmo para a questão de integridade dos dutos é mais interessante que eles fiquem enterrados.
Quais tecnologias nacionais voltadas para o setor de dutos têm se destacado?
A tecnologia envolvida na segurança de grandes empreendimentos tem se destacado bastante, com a utilização de pigs instrumentados para realização de inspeção. Os tubos cladeados, que contam com um revestimento metálico mais nobre no seu interior, para minimizar corrosão ou ataques por contaminantes, também chama a atenção no mercado de dutos.
É muita cara de pau do nosso amigo da matéria. Ele está posando de benfeitor, mas a sua história na Petrobrás é bastante conhecida. Parabéns ao Petronoticias por se mostrar um jornal democratico. IOsso todos nos sabemos. Mas falar desse moço aí, me lembrar da época da Transpoetro e das denuncias que teve que responder na época do Sergio Machado e seus Blue Caps. Quem sabe bem da história dele é o empresario de são paulo dono da Codrasa, Leo Manieiro, que nunca foi ouvido pela empresa porque Sergioi Machado não quis. Marcelino Guedes simplesmente se apoderou de uma patente… Read more »
[…] Confira a entrevista de Marcelino Guedes no Petronotícias: http://www.petronoticias.com.br/archives/76793 […]
Copiei e coleie só para refrescar a memória TRANSPETRO SE DEFENDE DE ACUSAÇÃO DE ROUBAR PATENTES, MAS AINDA CORRE RISCO DE PAGAR INDENIZAÇÃO BILIONÁRIA 27. ago, 2013 6 Comentários Sergio Machado, presidente da Transpetro. A Transpetro respondeu às acusações do empresário Leo Maniero, presidente da empresa Transpavi Codrasa, que afirma que a estatal roubou suas patentes e as transformou em Especificações Técnicas da empresa. O empresário processa a Transpetro e pede uma indenização que pode chegar a bilhões de reais. O processo envolve também as empresas GDK, em recuperação judicial, a IMC Saste, a Pollydutos, a Poly Easy e a… Read more »