NUCLEP FECHARÁ 2021 COMO UM DOS MELHORES ANOS DE SUA HISTÓRIA E SE MOSTRA AINDA MAIS OTIMISTA PARA 2022

Almirante_Carlos_SeixasPassado o Natal, quem abre a semana do Projeto Perspectivas 2022 é o Presidente da NUCLEP, Almirante Carlos Seixas, que fez a diferença à frente da companhia. Dirigindo a maior caldeiraria pesada do país, o Almirante Seixas acredita que os negócios para a NUCLEP poderiam aumentar se o índice de Conteúdo Local fosse Flexível. Com isso, haveria mais negócios por aqui e mais emprego: “Existem algumas normas que estabelecem algum percentual de conteúdo nacional, mas quando isso fica estabelecido somente em percentual, sem levar em consideração a parte de construção, acaba que a demanda se restringe apenas à entrega de serviços. Então o que acontece muitas das vezes, é que as peças são construídas no exterior e chegam no Brasil para a instalação e esse conteúdo nacional fica só pelo serviço de instalação”.

Para 2022, apesar de ser um ano eleitoral, o Almirante Seixas vê boas perspectivas para os negócios: “As perspectivas para 2022, no meu entendimento,bloc 40 são excelentes.  Continuamos a fabricar para o Programa de Submarinos da Marinha, a seção chamada de BLOCO 40, para o protótipo do primeiro Submarino de Propulsão Nuclear do Brasil (SN-BR). Aguardamos também a assinatura para o início da Seção de Qualificação do SN-BR, peça que possibilitará aos engenheiros, técnicos e operários, realizarem suas atividades em fase de testes.” Vamos, então, às respostas do Presidente da NUCLEP:

– Quais foram as principais conquistas da empresa nesse último ano?

2021 foi um ano de progressos importantes para a NUCLEP. Diante da demanda do nosso Ministério de Minas e Energia para o desenvolvimento do setor nacional Energético, de 55 mil quilômetros em linhas de transmissão de energia até 2027, inovamos e inauguramos em março, pelo ministro Bento Albuquerque, a mais nova Fábrica de Torres de Transmissão de Energia do Brasil. Ampliamos nosso escopo de atuação e diversificamos nossas atividades, explorando o mercado energético de nuclep 1forma saudável e contribuindo para o avanço desse segmento, que hoje apresenta uma demanda reprimida em 200 mil toneladas em torres de transmissão. A NUCLEP inovou para agregar e somar. Conseguimos consolidar a chegada, da Itália, dos maquinários especializados ao funcionamento da nova fábrica, uma grande conquista diante dos obstáculos oriundos da pandemia. Conseguimos instalá-los e entramos no processo de aprendizado, para podermos retirar dentro do possível, a melhor capacidade de cada maquinário. Então, hoje, estamos evoluindo, nos aperfeiçoando e conseguindo fabricar mais as nossas torres de transmissão.

Também demos grandes passos na construção do BLOCO 40, seção essencial do protótipo, em terra e escala real, do nosso primeiro Submarino de Propulsão Nuclear da Marinha do Brasil. Nessa seção ficará o reator do SN-BR, que está sendo construído na NUCLEP, para ser posteriormente instalado em Iperó, no Centro de Tecnológico da Marinha do Brasil, em São Paulo.

E como não poderia deixar de ser, visto que fomos fundados para atender ao Programa Nuclear do Brasil, e diante da entrega dos últimosnucleo 3 acumuladores para a Usina Nuclear de Angra 3 em março, estamos agora no final de 2021 em fases finais de tratamento para assinatura de um novo contrato com a Eletronuclear, para a construção dos trocadores de calor da Usina, equipamentos estratégicos para a segurança do seu sistema.

Em agosto deste ano, fruto da presença da nossa Diretoria Executiva na Offshore Technology Conference (OTC), assinamos recentemente um contrato com a EXPRO Internacional, empresa de serviços de energia e líder de mercado em acesso e otimização de fluxo de poços, para a soldagem de conectores de tubos de revestimento de poços para a Petrobrás.

nuclep 2Nós estabelecemos alguns indicadores nos nossos planos de negócios para que pudéssemos medir a evolução da empresa nesse ano de 2021, que foi um ano ainda impactante em função da pandemia. Mas não há dúvida de que nós demos um passo adiante, apesar de todas as restrições que tivemos em função do impacto econômico provocado pela pandemia no mundo todo. A NUCLEP não foi alijada desse processo, nós também fomos impactados, mas com certeza nossos indicadores mostram que conseguimos evoluir em relação ao ano de 2020. Construímos e entregamos mais que em 2020 e evoluímos nas obras que estão em curso desde 2020. E o mais importante, assinamos novos contratos e mantivemos os existentes.

– O que sugere para o governo melhorar a nossa economia e dar mais força aos setores de petróleo, gás, energia e logística?

O Governo já vem realizando grandes ações pelo País, como os leilões de Transmissão e, sobretudo, os leilões na área do petróleo, que têm sidonuclep 6 fundamentais. Assim como a nova política de expansão de gasodutos.

Acho que o que o governo pode fazer para incentivar e desenvolver mais a nossa indústria nacional é conseguir estabelecer um maior percentual de conteúdo nosso na fabricação desses elementos. Porque, o que acontece hoje é que existem algumas normas que estabelecem algum percentual de conteúdo nacional, mas quando isso fica estabelecido somente em percentual, sem levar em consideração a parte de construção, acaba que a demanda se restringe apenas à entrega de serviços. Então o que acontece, muitas das vezes, é que as peças são construídas no exterior e chegam no Brasil para a instalação e esse conteúdo nacional fica só pelo serviço de instalação.

nuclep 9Eu acho que o governo poderia contribuir para as indústrias nacionais nas áreas de petróleo, gás, energia e logística, estabelecendo uma maior demanda de fabricação e conteúdo interno. Demandar mais construções é muito importante e nos ajuda a crescer e gerar empregos. Esse processo estimula o nosso desenvolvimento, permitindo assim que possamos contribuir mais para o avanço socioeconômico do Brasil.

– A NUCLEP forma seus profissionais? O que vocês fazem para melhorar a governança?

– Gostaria de salientar como são importantes e reais as nossas perspectivas de crescimento na empresa. Eu costumo dizer que temos hoje uma nova NUCLEP, e que a cada dia estamos dando um passo melhor na nossa gestão e sistema de governança, nas atribuições que damos aos nossos funcionários.

Estamos procurando qualificar cada dia mais os nossos funcionários, aprimorar o nosso sistema de gestão com a gerência de risco, com anulep 6 governança, com a parte de integralidade.

Tenho uma perspectiva real de que em 2022 teremos uma empresa melhor administrada, com novos e mais contratos, destacando, como eu falei anteriormente, o contrato dos trocadores de calor de Angra 3. Pelas palavras do nosso Ministro Bento, teremos uma nova usina nuclear finalizada até 2031, que ainda não se sabe onde será, mas para a qual, com certeza, a NUCLEP poderá contribuir na construção de equipamentos estratégicos.

nuclep 4Quais as perspectivas da empresa para 2022?

 – As perspectivas para 2022, no meu entendimento, são excelentes. Tenho a perspectiva para a nossa empresa de um ano de 2022 melhor que 2021. Continuamos a fabricar para o Programa de Submarinos da Marinha, a seção chamada de BLOCO 40, para o protótipo do primeiro Submarino de Propulsão Nuclear do Brasil. Aguardamos também a assinatura para o início da Seção de Qualificação do SN-BR, peça que possibilitará aos engenheiros, técnicos e operários, realizarem suas atividades em fase de testes, antes de aplicá-las em definitivo, nas seções que serão construídas para o Submarino de Propulsão Nuclear.

Esperamos continuar a evoluir no mercado energético com a nossa construção de torres de transmissão. E, como única empresa nacional capacitada a fabricação e manutenção de equipamentos nucleares no Brasil, temos uma perspectiva atraente e robusta, de assinarmos dois contratos muito importantes para a Eletronuclear.

Na verdade, serão 3 blocos de trocadores de calor. O primeiroSubmarino Riachuelo 2 bloco será assinado no início de 2022, com o contrato girando em torno de R$ 150 milhões; e até o final do primeiro semestre, assinaremos o segundo contrato, girando em torno de R$ 250 milhões. São contratos muito importantes para a NUCLEP, tanto no lado do faturamento, quanto no lado estratégico. Trata-se de uma contribuição estratégica que a NUCLEP dará ao nosso País e para a continuidade da construção da tão importante Usina Nuclear de Angra 3.

Será, definitivamente, um passo significativo para o nosso País na qualidade de geração de energia e sua matriz energética limpa. Mais uma vez, poderemos mostrar ao Brasil a capacidade dos nossos funcionários na construção de equipamentos nucleares. A NUCLEP foi criada para atender ao Programa Nuclear Brasileiro, sendo hoje a única empresa nacional com capacidade e mão de obra qualificada para atender a esse segmento tão especializado.

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