O DIRETOR DA AGÊNCIA DE ENERGIA ATÔMICA DISSE QUE VAI ENCONTRAR AUTORIDADES RUSSAS DEPOIS DA VIAGEM À UCRÂNIA
A maior usina nuclear da Ucrânia – e da Europa – passou a produzir eletricidade para uso próprio após danos a linhas de energia externas, de acordo com um comunicado da empresa de energia ucraniana Energoatom. Isso ocorre no momento em que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) continua os esforços para obter acesso para seus inspetores. Hoje (28), a Energoatom disse que a usina de Zaporozhe (ZNPP) continuou a operar, mas “devido aos danos na linha de alta tensão de 330 kV na região sul da Ucrânia, a ZNPP foi transferida para um nível de capacidade que garante a operação sustentável do sistema de energia, em que apenas suas próprias necessidades são supridas”.
Zaporozhe, que tem seis unidades, continua a ser operada por pessoal ucraniano, mas sob o controle das forças militares russas. O diretor-geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi, deu uma entrevista coletiva depois de retornar à sede da agência em Viena, após uma missão na Ucrânia. Ele disse que espera encontrar as autoridades russas dentro de alguns dias, porque Zaporozhe estava no topo da sua lista de preocupações. Isto porque, como ainda estava sob controle russo, o regulador nuclear ucraniano não estava no controle da situação e há uma série de atividades que precisam ser realizadas em termos de inspeções e segurança, bem como um precisa verificar os danos causados durante o bombardeio no local no início de março.
O diretor-geral da AIEA disse que a missão a Chernobyl foi um sucesso em termos de restabelecimento de seus relatórios de monitoramento remoto direto. Ele também descreveu os resultados dos testes de níveis de radiação que mostraram que havia níveis elevados de radiação nas áreas da ‘Floresta Vermelha’ na zona de exclusão de Chernobyl, onde as forças russas cavaram fortificações durante suas cinco semanas no controle da área. No entanto, disse que os níveis, nos locais onde foram testados, ainda estão três vezes abaixo dos níveis de exposição recomendados para os trabalhadores. Ele disse que “este não é um lugar para fazer um piquenique ou escavar, mas a situação não é uma situação que possa ser julgada como um grande perigo para o meio ambiente ou para as pessoas no momento em que estávamos fazendo essas medições”.
Deixe seu comentário