O MERCADO DO PETRÓLEO ESTÁ SEGUINDO O MESMO ALERTA MÁXIMO DEPOIS DOS ATAQUES ISRAELENSES À EMBAIXADA DO IRÃ NA SÍRIA
Mais do que o mercado do petróleo, o mundo está nervoso com o ataque de caças israelenses que destruíram ontem a embaixada do Irã, em Damasco, na Síria, com quatro generais de ponta do Exército iraniano, entre eles Mohammad Reza Zahedi (foto à direita), comandante da Força Quds na Síria e no Líbano. De acordo com os relatórios da Síria e do Irã, a Força Aérea Israelense alegadamente atacou um edifício adjacente à embaixada iraniana em Damasco, onde estavam localizados vários altos funcionários iranianos, como o General Reza Zahedi, que na verdade é o vice-comandante da Força Quds da Guarda Revolucionária na Síria e no Líbano. Como um membro muito graduado da hierarquia iraniana, ele administrou toda a operação de contrabando de armas da Síria para o Líbano. Ele era uma pessoa muito importante que, pode-se dizer, causou muitas dores de cabeça a Israel nos últimos vinte anos por todas as suas façanhas no seu envolvimento no terrorismo. Este é o iraniano mais graduado que foi eliminado até agora desde 7 de outubro em solo sírio.
É um golpe severo e doloroso para o regime iraniano, em uma questão que os iranianos estão mais inclinados a se vingar de Israel. Este será o período em que o Irã quer mostrar que está liderando o eixo da resistência. O Hamas está atualmente em desvantagem por causa dos combates em Gaza e isso não significa que amanhã os iranianos tentarão fazer algo impulsivo. Talvez tentem ativar as suas milícias na Síria ou os Houthis no Iêmen.
É um momento muito delicado no Oriente Médio e qualquer movimento poderá jogar as peças do tabuleiro do petróleo para cima. Ruim para todo mundo. Como disse o Primeiro Ministro Benjamin Netanyahu no dia 7 de outubro, “Israel está em guerra”. Não só em Gaza, contra o Hamas, mas no Líbano contra o Hezbolah e agora contra o que chamam de “cabeça da serpente”, os altos militares iranianos, que autorizam e armam os grupos terroristas contrário a Israel.
Israel agora intensifica suas operações contra comandantes iranianos e pró-iranianos no Líbano e na Síria, medida que observadores temem que possa escalar para uma guerra total. Se Teerã até então vinha deixando claro que deseja evitar um conflito em grande escala, o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, afirmou nesta terça-feira (2) que o ataque em Damasco “não ficará sem resposta.”
O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, advertiu que “o maldoso regime sionista será punido”, e o embaixador suíço — que atua como representante americano na ausência de relações diplomáticas entre Teerã e Washington — foi convocado para entregar uma mensagem importante aos EUA: como aliado de Israel, eles “devem responder” pelas ações do país do Oriente Médio. Nas ruas, apoiadores do governo também exigiam um ação contra o Estado Judeu. De acordo com reportagem do New York Times, eles gritavam “morte a Israel” e “morte à América”. Oficialmente, o Irã nega ter tido qualquer conhecimento prévio do ataque sem precedentes do grupo terrorista Hamas em território israelense em outubro, mas apoia armando os terroristas. A tendência é em direção à escalada da guerra. Bases americanas e israelenses estão em alerta máximo. Militares israelenses acreditam que é mais provável que o Irã imponha um custo a Israel, mas provavelmente o fará de maneira indireta e por meio de seus parceiros e representantes na região.
Deixe seu comentário