ODEBRECHT DEVE OFICIALIZAR VENDA DE PARTICIPAÇÃO EM GASODUTO PERUANO ESTE MÊS
O governo peruano está contando os dias para que a Odebrecht deixe de vez sua participação no Gasoduto do Sul do Peru (GSP), avaliado em US$ 5 bilhões, para que as obras voltem a seguir adiante. A empreiteira brasileira tem 55% de participação no empreendimento, mas as atividades foram praticamente paralisadas no início deste ano, após sucessivos impactos da Operação Lava Jato nos negócios e na imagem da empresa.
O ministro de minas e energia do Peru, Gonzalo Tamayo (foto), deu uma entrevista à mídia peruana nesta semana afirmando que espera a oficialização da venda da participação da Odebrecht no gasoduto ainda este mês, o que deve facilitar o avanço das obras.
“Isso vai contribuir para clarear o panorama dos passos seguintes, com novos operadores que estejam à frente do projeto”, afirmou.
O projeto do gasoduto, cuja extensão será de 1.134 quilômetros, previa a necessidade de financiamentos de 15 bancos, que já haviam aprovado previamente a liberação de US$ 4,2 bilhões para o final de 2015, mas a prisão de Marcelo Odebrecht e o aumento da pressão da Operação Lava Jato sobre a empresa dificultaram o avanço do processo.
Com isso, a empresa espanhola Enagas, que possui 25% do empreendimento, assumiu a gerência-geral do projeto, no primeiro trimestre de 2016, e deve adquirir a participação da Odebrecht junto com a outra sócia do negócio, a peruana Graña y Montero, que atualmente possui os 20% restantes do gasoduto.
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