CRISE DA SETE BRASIL AFETA ESTALEIROS NACIONAIS, QUE ESTÃO RENEGOCIANDO EMPRÉSTIMOS

Visão-aérea-do-Goliath-da-Enseada-postOs estaleiros brasileiros estão passando por um aperto financeiro tão severo que obriga estas unidades a renegociarem empréstimos feitos durante a época em que o setor de óleo e gás vivia dias mais ensolarados. O Enseada Indústria Naval, por exemplo, tem uma dívida de R$ 2 bilhões e já no mês de outubro terá de dar conta de um empréstimo de R$ 1,1 bilhão feito junto a bancos.

A unidade está em conversas com as instituições financeiras para tentar renegociar os prazos. Enquanto isso, tenta encontrar uma solução para que entre dinheiro em seus cofres. O Enseada foi um dos estaleiros contratados pela Sete Brasil para a construção de uma frota de sondas que seriam afretadas pela Petrobrás.

No entanto, o envolvimento de empresários da Sete com os esquemas corruptos investigados pela Lava Jato deterioraram a situação econômica da empresa. Além disso, o próprio Enseada foi afetado pelas investigações. A unidade é controlada por Odebrecht, UTC e OAS – três empreiteiras que tiveram executivos citados na Operação da Polícia Federal.

O Estaleiro Atlântico Sul (EAS) vive situação parecida. Apesar de ter conseguido manter o contrato de cinco embarcações para a Transpetro, a empresa tem uma dívida de cerca de R$ 1,2 bilhão com o BNDES. O EAS também tinha contratos com a Sete Brasil, que deixou de fazer os pagamentos. Por isso, o estaleiro encerrou os contratos unilateralmente.

Já a Ecovix, dona do Estaleiro Rio Grande, está renegociando dívidas com bancos que somam R$ 4,5 bilhões. Como o estaleiro ainda mantém alguns contratos diretos com a Petrobrás, isto é visto como ponto positivo para a evolução das negociações sobre a dívida.

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Todos os sócios destes estaleiros estavam no “Clube” do Petrolão, portanto, sabiam do esquema corrupto por trás da SeteBrasil, seus projetos faraonicos com o aval da Petrobras neste esquema. Assim são cúmplices e não vítimas.
As vítimas são os milhares de trabalhadores desempregados.
E já aproveitando quando irão investigar o dinheiro do Estado utilizado pela diretoria anterior do BNDES nestes esquemas? É outro caso de polícia.
E a quebradeira das empresas do setor de O&G não acabou. Várias empresas de serviço não pagando nem rescisão de ex-funcionários…. E a Petrobras continua fazendo vistas grossas.