ONG PRESSIONA GOVERNO DE MOÇAMBIQUE PARA A TOTAL PARAR A EXPLORAÇÃO DE GÁS NA BAÍA DE ROVUMA | Petronotícias




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ONG PRESSIONA GOVERNO DE MOÇAMBIQUE PARA A TOTAL PARAR A EXPLORAÇÃO DE GÁS NA BAÍA DE ROVUMA

hhhhMais uma vez a petroleira francesa Total se vê pressionada pelos ambientalistas de ocasião. No norte do Brasil  uma ONG internacional financiada por verbas internacionais, fez denúncias contra a exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas  e conseguiu parar momentaneamente o trabalho na região. Agora, a empresa se vê pressionada por uma outra ONG  internacional, em Moçambique.   A Amigos da Terra acusou a França de semear uma “bomba climática” em Moçambique, onde a Total explora gás natural. E a França é acusada de ajudar a acender as tensões em Cabo Delgado.

Um relatório, intitulado “Um golpe inesperado para a indústria, uma maldição para o país: França lança Moçambique na armadilha de gás”, afirma que 60 bilhões de dólares serão investidos em vastas reservas subaquáticas descobertas em 2010 em Cabo Delgado, norte de Mocambique. No entendimento da ONG  há vários anos, “todo o arsenal da diplomacia econômica francesa  trabalha para defender os interesses franceses em Moçambique”. Estimada em 5 bilhões de metros cúbicos, a descoberta do gás pode transformar um dos países mais pobres do planeta num dos principais exportadores de gás natural liquefeito (GNL).

O relatório que fizeram, sabe-se lá com base em que informações, observou que três projetos de gás atualmente em desenvolvimento na região “poderiam liberar o equivalente a sete vezes as emissões anuais de gases de efeito estufa da França e 49 vezes as atuais emissões anuais nacionais de Moçambique”.     Por isso a ONG alerta que “esta é uma bomba climática pronta para explodir e contribuirá para empurrar o mundo aqaqaqaaqaainda mais para a irreversível crise climática”.   

 A Total, a Exxon Mobil  e a ENI esperam começar a explorar as reservas até 2022-23, com a Total planejando  investir 25 bilhões  de dólares no empreendimento. As reservas de gás estão localizadas na província de Cabo Delgado, o centro dos últimos dois anos e meio de uma insurgência que fez pelo menos 1.100 mortos. A organização com sede em Londres acusa a França de “ajudar a acender as tensões na província de Cabo Delgado, apoiando empresas multinacionais de gás e a militarização da zona”. A ONG Amigos da Terra disse que “empresas francesas, incluindo bancos privados e empresas de energia como a Total, devem imediatamente pôr um fim ao seu envolvimento em projetos de gás em Moçambique”. Também destacou os bancos franceses Crédit Agricole e Société Générale como sendo “os principais atores a atuar como consultores financeiros para os operadores de gás”.

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