OPERAÇÃO LAVA JATO INVESTIGA PARTICIPAÇÃO DE EXECUTIVO ESTRANGEIRO EM ESQUEMA DA PETROBRÁS
Os braços da Operação Lava Jato cada vez parecem alcançar pontos mais distantes e agora passaram a envolver um executivo estrangeiro nas investigações. Trata-se do chinês Hsin Chi Su, conhecido como “Nobu Su” (foto), presidente da Taiwan Maritime Transportation Co (TMT), que é acusado de ter participado no esquema de corrupção em contratos da Petrobrás, em um acordo relacionado à contratação do navio-sonda Titanium Exporer, em 2008, pelo valor de US$ 1,8 bilhão.
De acordo com reportagem do jornal Estado de S. Paulo, o juiz Sergio Moro já aceitou a denúncia, formulada pelo Ministério Público, em que a empresa TMT é acusada de ter prometido pagar US$ 31 milhões em propinas para o ex-diretor Internacional da Petrobrás Jorge Luiz Zelada, indicado pelo PMDB.
Segundo os investigadores, no entanto, apenas US$ 20,8 milhões teriam sido pagos, por conta de brigas societárias. Nobu Su, segundo a reportagem, atuou em conjunto com o lobista Hamylton Padilha, ambos em nome da empresa Vantage Drilling, que fechou o aluguel do navio-sonda com a Petrobrás. Enquanto o executivo chinês é filho de uma das maiores acionistas da companhia citada, Padilha era representante do grupo desde 2008 nas negociações com a estatal brasileira.
O brasileiro, que colabora com as investigações por meio de um acordo de delação premiada, informou que tinham sido feitos dois contratos de comissionamento de US$ 15,5 milhões cada, para respaldar o repasse de maneira aparentemente legal. Pelo acordo com o Ministério Público, Padilha já aceitou devolver R$ 70 milhões.
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