PAÍSES EMERGENTES TERÃO MAIS DIFICULDADE PARA IMPLANTAR SISTEMAS DE ENERGIA RENOVÁVEL

maria-van-der-hoeveEm estudo sobre o desenvolvimento de sistemas integrados de energias renováveis variadas, a AIE concluiu que, para países emergentes, a implementação desses sistemas pode ser mais difícil. A agência considera, no entanto, que o investimento  nesse novo conceito é uma oportunidade para essas economias.

Segundo o estudo, os desafios da mudança para o novo sistema estão relacionados a sua estabilidade, ou seja, se não necessita de investimentos significativos para atender a demanda no curto prazo, ou se os exige para atender à crescente demanda de energia ou para substituir velhos ativos.

Em sistemas estáveis??, como os da Europa, a base de ativos existente ajudará a fornecer flexibilidade suficiente para aumentar ainda mais a geração de energias renováveis variadas. No entanto, na ausência de crescimento da demanda, esse aumento vem em detrimento de geradores incumbentes e coloca o sistema como um todo sob estresse econômico. Os desafios da transformação em sistemas estáveis ??são a ampliação da parte flexível do novo sistema e a redução da parte inflexível do velho.

Os países europeus deverão ??enfrentar questões políticas difíceis sobre como lidar com os efeitos distributivos, principalmente se outras usinas precisarem ser desativadas antes do fim de suas vidas. Enfrentar esses desafios só será possível através de um esforço de colaboração entre os governantes e o setor industrial. Para a diretora executiva da AIE, Maria van der Hoeven (foto), se os países da OCDE quiserem manter suas posições de protagonistas nessa indústria, terão de enfrentar essas questões.

Por outro lado, em sistemas de energia dinâmicos, como na Índia, na China, no Brasil e em outras economias emergentes, a integração na rede de energias renováveis variadas deve ser uma prioridade desde o início. Com investimentos próprios, um sistema flexível pode ser construído desde o início, em paralelo com a implantação de energias renováveis ??variáveis. “As economias emergentes tem a oportunidade de saltar para um sistema de energia do século XXI e, se optarem por isso, devem colher os benefícios”, disse a diretora.

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