PARLAMENTO DA DINAMARCA APROVA TAXAR EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA PARA INDÚSTRIAS E GERAÇÃO DE ENERGIA | Petronotícias




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PARLAMENTO DA DINAMARCA APROVA TAXAR EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA PARA INDÚSTRIAS E GERAÇÃO DE ENERGIA

dinamarcaO Parlamento dinamarquês aprovou o que pode se tornar o imposto mais alto do mundo sobre emissões de gases de efeito estufa para indústrias e energia. A taxa, que será introduzida gradualmente a partir de 2025, ainda não engloba a agricultura, que será objeto de nova negociação ainda este ano. Com a inclusão da agricultura e o transporte já contemplado por uma taxa ainda mais severa, o novo esquema fiscal cobrirá todos os setores da economia dentro das fronteiras dinamarquesas. “Este é um grande dia para o nosso clima. Isto garantirá que será o poluidor quem pagará por suas emissões – ao mesmo tempo em que damos apoio direcionado à transformação verde das empresas”, disse o Ministro da Tributação da Dinamarca, Jeppe Bruus. Globalmente, 46 países já contam com alguma taxa de carbono em operação, cobrindo 22% das emissões globais. Todos os países escandinavos têm um imposto de carbono, e o da Suécia é atualmente o mais alto, com EUR 114/tCO2e, sem incluir outros gases de efeito estufa além do CO2. A taxa da Dinamarca será de aproximadamente 150 EUR quando estiver totalmente implementada em 2030. O resultado esperado do imposto é uma redução de 4,3 milhões de toneladas de dióxido de carbono em 2030 e 1,3 milhões em 2025. Segundo o anúncio oficial, isso colocaria a Dinamarca no caminho certo para sua meta de redução de 70% até 2030 em relação aos níveis de 1990.

O pacote assegura que o preço das emissões no país será sempre alto, e inclui um piso abaixo do preço estabelecido no ETS (Sistema do Mercado de Emissões da União Europeia). Canadá, Alemanha e Irlanda também estão aumentando suas taxas sobre o carbono. “Um imposto é a forma mais segura e eficaz de satisfazer nossas ambições climáticas. É por isso que este acordo é ambicioso e histórico”, avalia Torsten Hasforth, economista-chefe do think tank Concito. “Agora é importante ficar atento aos investimentos que precisam ser feitos para alcançar uma indústria verde até 2030”, completou. O acordo para criação da taxa é amplo e conta com o apoio de cerca de 65% do parlamento, o que significa que o imposto se manterá mesmo no caso de uma mudança de poder. A medida foi bembrian recebida tanto pela indústria, quanto pelos sindicatos na Dinamarca.

Brian Mikkelsen (foto à direita), presidente da Câmara de Comércio Dinamarquesa, disse que a comunidade empresarial dinamarquesa e os membros da Câmara de Comércio dinamarquesa apoiam uma política climática baseada no mercado onde a poluição é tributada, mas onde o custo total e os encargos para as empresas são reduzidos. “Certezas e condições estruturais estáveis são cruciais para investimentos de baixo carbono. O novo acordo de imposto de carbono prevê exatamente isso, uma vez que o acordo é respaldado por uma ampla maioria no Parlamento esperamos ver um aumento dramático nos investimentos, especialmente na eletrificação e substituição do gás natural por investimentos em energia verde e eficiência energética”, afirmou.

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