PESQUISADORES DEFENDEM MODELO HÍBRIDO PARA REFINARIAS

Revap (Refinaria Henrique Lage, no Vale do Paraíba)Um grupo de pesquisadores da UFRJ apresentou um estudo, durante o 2º Workshop Fino-brasileiro sobre Conversão de Biomassa, organizado pela Fapesp, sobre a possiblidade de incluir o processamento de biomassa entre as operações das refinarias brasileiras.

De acordo com professora Ofélia de Queiroz Fernandes Araújo, da Escola de Química da UFRJ, o conceito da “refinaria flex” está sendo introduzido nas pesquisas da Rede de Excelência em Biomassa e Energia Renovável (Nobre, na sigla em inglês), e deve trazer ganhos para a indústria.

“O petróleo é um líquido com milhões de moléculas diferentes que são fracionadas e convertidas em refinarias para dar origem à gasolina, ao diesel e uma série de outros derivados. Nada se joga fora em uma refinaria, pois foram desenvolvidos processos para tratar até mesmo os resíduos mais pesados e recalcitrantes (‘fundo de barril’). Portanto, lá também há condições de tratar outra matéria-prima não convencional, que é a biomassa”, avaliou a pesquisadora.

De acordo com a professora, o compartilhamento da estrutura instalada poderia reduzir o custo de processamento representado por refinarias exclusivamente voltadas à biomassa, fazendo uma transição “suave” para uma economia ambientalmente sustentável.

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