PETROBRÁS ADIA INÍCIO DE OPERAÇÃO DO COMPERJ PARA 2023
publicada em 22 de março de 2016 às 12:29 
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A notícia não poderia ser pior. A crise da Petrobrás segue pesando sobre as operações da indústria brasileira e o cenário difícil para negócios adia mais um projeto da estatal. Após ter anunciado seus resultados financeiros nesta segunda-feira (21), a empresa afirmou que o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) deverá iniciar suas operações apenas em 2023, ao passo que ainda não encontrou uma empresa interessada em fechar parceria e investir na retomada das atividades. Localizado em Itaboraí, o empreendimento se encontra paralisado há mais de um ano, com cerca de 37 mil demissões, e deve demandar novo aportes de US$ 4,3 bilhões para poder iniciar sua operação integral.
O adiamento foi anunciado pelo presidente da estatal Aldemir Bendine após a divulgação dos prejuízos de 2015. Apenas com o Comperj, as perdas operacionais somaram R$ 5,3 bilhões no ano. Diante desse cenário, a companhia vem movimentando mudanças para o projeto, que já teve diversos possíveis modelos avaliados. Recentemente, a diretoria vinha estudando a estratégia de unir a unidade às Refinarias Duque de Caxias (Reduc) e Gabriel Passos (Regap) com o objetivo de atrair o capital de companhias interessadas no investimento.
Até o momento, no entanto, não há novos horizontes para o empreendimento. Com as obras da refinaria suspensas e o pólo petroquímico ainda abandonado, a empresa toca hoje apenas a obra de uma planta de beneficiamento de gás, que tem conclusão prevista para 2017. Desde que foi inicialmente planejado, durante a gestão do então diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, o projeto já custou US$ 14 bilhões aos bolsos da companhia, que busca agora acelerar uma retomada para evitar a extensão dessas perdas.
A expectativa é de que ainda este ano o governo lança as primeiras relicitações para retomar a construção da Unidade de Processamento de Gás Natural, assim como o edital das novas licitações para a criação da Central de Utilidade, responsável pelo fornecimento de água e energia ao complexo. Os dois projetos foram os únicos da unidade mantidos pela Petrobrás em seu Plano de Negócios 2015-2019.
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