PETROBRÁS ASSEGURA QUE IRÁ GARANTIR DEMANDA POR SERVIÇOS DO SETOR NAVAL | Petronotícias




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PETROBRÁS ASSEGURA QUE IRÁ GARANTIR DEMANDA POR SERVIÇOS DO SETOR NAVAL

Estaleiro Rio GrandeSeguindo as regras de conteúdo local, as encomendas de plataformas e navios por parte da Petrobrás têm garantido a demanda do setor naval doméstico. Mas, com atrasos em obras e transferência de serviços para China e Japão, os estaleiros vivem momento de dúvida quanto ao futuro da demanda da estatal. Segundo reportagem de Francisco Góes e Cláudia Schüffner, no Valor Econômico, empresários da construção naval estão preocupados com a possibilidade de uma eventual mudança na política para o setor. Com pressa para o desenvolvimento de novos campos no pré-sal, a Petrobrás tem dado sinais de que pode transferir mais encomendas para o exterior.

Em nota, a Petrobrás nega que o setor passe por incertezas em relação à demanda futura. Segundo a estatal, a demanda por embarcações offshore é sustentável no longo prazo, uma vez que o Plano de Negócios e Gestão 2014-2018 prevê, até 2020, investimento total de US$ 100,7 bilhões na contratação de 38 plataformas, 28 sondas de perfuração, 88 navios petroleiros e 146 embarcações de apoio. No horizonte 2020-2030, segundo a companhia, a previsão é contratar outras 41 plataformas para Libra, Cessão Onerosa e outros campos do pós-sal já concedidos, além de campos oriundos de novas rodadas de licitação. A Petrobrás esclareceu ainda, que, a fim de garantir o cumprimento dos prazos, as fornecedoras podem alterar a estratégia de condução das obras em alguns projetos, inclusive com a subcontratação de serviços no exterior, desde que autorizadas pela estatal, e garantiu que essas alterações não implicam descumprimento dos índices de conteúdo local.

O Enseada Indústria Naval está fazendo o primeiro casco das seis sondas encomendadas pela Sete Brasil no Japão. Os contratos somam US$ 4,8 bilhões. Parte do casco da segunda sonda também será feita no Japão. A partir da terceira, a expectativa é que os serviços sejam feitos no Brasil. Além disso, três dos quatro cascos da cessão onerosa para a Petrobrás tiveram serviços feitos na China. Já o Estaleiro Rio Grande (ERG) tem contrato de US$ 3,5 bilhões para construir oito cascos de plataformas para a Petrobrás, que serão instaladas nas áreas de Lula e Iara, no pré-sal da Bacia de Santos. O atraso de mais de um ano na construção da P-55, feita por outra empresa no estaleiro, levou a Ecovix a ter que recuperar prazos. Para isso, precisou importar mais serviços do exterior. Os módulos de acomodação e de geração de energia para as plataformas foram encomendados na China. A previsão é que as unidades sejam entregues até o fim de 2016. O ERG tem contratos de US$ 2,4 bilhões para construir três sondas de perfuração encomendadas pela Sete Brasil. Uma parte do casco de uma delas também está sendo feita na China.

O Petronotícias publicou reportagem na última semana, ouvindo diversos executivos do setor, sobre os desafios do conteúdo local que ainda vigoram para a indústria brasileira. Além da produtividade e da competitividade ainda serem pontos que precisam melhorar muito no país, a própria relação conflituosa das empresas nacionais com a Petrobrás é um dos problemas que têm dificultado os avanços.

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