PETROBRÁS BUSCA FORNECEDORES PARA REDUZIR VALORES DE CONTRATOS
A crise financeira da Petrobrás continua a pesar sobre as empresas envolvidas em sua cadeia produtiva, afetadas diretamente pelos prejuízos e pelas mudanças que vem sendo realizas na companhia. A estatal está convocando seus fornecedores do setor de exploração e produção para renegociar contratos, em uma busca por reduzir seus custos. Afetada por dificuldades financeiras causadas por uma crise interna e pela queda mundial do preço do petróleo, a petroleira enviou cartas às empresas da cadeia de bens defendendo a revisão de acordos para que haja uma otimização dos negócios e soluções imediatas frente aos desafios que se colocam à sua frente.
De acordo com a companhia, foram formadas comissões de negociação, que deverão convocar as empresas para buscar medidas que reflitam em mudanças nos custos contratuais. “A Petrobrás vem trabalhando para reduzir suas estruturas de custo e otimizar seus negócios. Sendo assim, faz-se necessária a revisão de contratos de bens e serviços”, afirmam os documentos emitidos. Segundo a empresa, o trabalho conjunto com os fornecedores ajuda a superação dos “desafios que se apresentam no momento”.
A busca por uma redução de custos integra o atual quadro de ajuste por que passa a companhia. Nos últimos meses, a Petrobrás tem tomado medidas que visam equilibrar o caixa e diminuir seu grande endividamento, intensificado pelos escândalos de corrupção investigados na companhia pela Operação Lava-Jato. Em um balanço auditado em abril deste ano, foram contabilizadas perdas de R$ 6,2 bilhões decorrentes de esquemas ilícitos em contratos da empresa. Existe uma grande expectativa acerca do novo plano de negócios da estatal, que deverá trazer uma redução de investimentos e de custos para os próximos anos. “É desejável e será feito um processo de busca de desalavancagem, com maior eficiência operacional”, afirmou o diretor financeiro da Petrobrás, Ivan Monteiro (foto).
A área de exploração e produção é responsável pelo principal retorno financeira da estatal, respondendo por 45% de sua receita. O setor gerou, em 2014, um total de R$ 337 bilhões para a companhia.
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