PETROBRÁS DÁ O SINAL DE COMO O GOVERNO VAI TRATAR A DELTA E AFASTA A EMPRESA DAS OBRAS DO COMPERJ
O governo Dilma Roussef lançou um raio na operação J&F com a Construtora Delta e não quer que a operação duvidosa de salvação da empresa leve a sua assinatura. Os rumores são de que Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, teria costurado toda operação, irrita a presidente que já mandou dar alguns sinais do descontentamento. A decisão tomada nesta segunda-feira de romper os contratos da Delta na construção do Comperj – Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro- foi um sinal claro do mau humor com que a Delta será tratada. O contrato foi rompido e o tom é de “ faça a mudança a mudança hoje e tire tudo daqui o mais breve possível”. A decisão levou de arrasto a empresa Projectus, do atual vice-presidente da ABEMI, Marcio Cancellara, e a TKK, cotadíssima para assumir dois outros contratos com a Petrobrás para construir módulos replicantes dos pacotes 2 e 5, em fase de negociação.
Os contratos rescindidos são os firmados com os consórcios Itaboraí-URE e Itaboraí-HDT. Segundo a Petrobrás, o contrato com o Itaboraí-URE, no valor de R$ 532 milhões, foi celebrado para realização de serviços de construção e montagem da Unidade Industrial de Tratamento, Recuperação e Armazenamento de Enxofre. Já o contrato com o Consorcio Itaboraí–HDT, no valor de R$ 311,5 milhões, era para prestação de serviços de construção e montagem da Unidade de Hidrotratamento de Nafta.
A Petrobrás justificou o afastamento do consórcio liderado pela Delta pelo fraco desempenho. Mas, devido a greve, todas as empresas sofreram com o problema. Por isso, o raio lançado parece ter o objetivo claro e o endereço certo, muito embora a Delta tenha um outro contrato com a Petrobrás: a obra da etapa 2 da reforma e modernização da Unidade de Tratamento de Águas Ácidas da Reduc. Mas ele está em vias de terminar no próximo mês e o mais lógico é que encerre mesmo o trabalho sem tanto estresse.
A decisão da Petrobrás marca também uma nova fase na administração das obras do Comperj, que pareciam patinar diante de uma briga entre sindicatos pelo controle dos trabalhadores das várias empresas que desenvolvem inúmeras atividades na construção da Petroquímica. Alguma coisa mudou na forma de atuação da Petrobrás, que está mais exigente desde o fim da greve na semana passada. O trabalho parece fluir melhor, com mais eficiência.
Essa atitude de tirar os contratos da DELTA não está com cara de “punição”. Com a verba destinada e esses contratos, provavelmente a DELTA não conseguiria honrar com seus compromissos. Ela teria que pleitear aditivos nos contratos e devido a sua má reputação, qualquer aditivo seria motivo para virar o centro das atenções. Para não tomar prejuizo é melhor tirar o time de campo. Melhor ainda se estiver ganhando (no lucro). Uma verdadeira jogada de mestre.
Gostaria de saber o que a Petrobras vai fazer com os nossos direitos trabalhistacebe pois não recebemos nem os dias trabalhados, isto desde 14/05/2012 e eu continuo desempregado, aproveito fazer um apelo a Peretrobras, libere o valor devido aos CONSORCIOS ITABORAI HDT E URE< pois dai que receberemos.
Grato.
João Leal