MAIS DE UM ANO APÓS FUKUSHIMA JAPÃO DESATIVA ÚLTIMO REATOR NUCLEAR NO PAÍS

Pouco mais deum ano após a tragédia ocorrida na Usina Nuclear de Fukushima, no Japão, causada por um tsunami que devastou toda a costa nordeste do país, o governo japonês interrompeu seu último reator em funcionamento, na Usina de Tomari, na região de Hokkaido. Desde o início da geração de energia nuclear no país em 1966 o Japão nunca ficou mais do que cinco dias (entre 30 de abril e 4 de maio de 1970) sem ter um reator ativo.

Determinado a rever seu programa de energia nuclear, o governo japonês decidiu desligar seus reatores e fazer ajustes em suas usinas para evitar novas tragédias. Segundo especialistas a medida deve causar falta de energia durante o verão no país, já que a energia nuclear representa entre 25% e 30% da matriz energética japonesa.

Contrariando as expectativas do governo, centenas de manifestantes saíram às ruas de Tóquio para apoiar as ações de desligamento das usinas. Os manifestantes ainda se mostravam otimistas quanto ao abandono do projeto do governo para o religamento das usinas, previsto para o final do ano.

O acidente em Fukushima, causado por uma falha no sistema de resfriamento que gerou vazamentos radioativos após não suportar o estrago causado por um terremoto seguido de tsunami, provocou reação mundial. Governos de todo o planeta reavaliaram seus programas nucleares, especialmente o Japão, e o consenso mundial foi de que os padrões de segurança nas usinas deveriam ser definidos para situações ainda mais críticas.

Brasil não terá novas usinas nucleares até 2021

Em reação ao acontecido em Fukushima, o governo brasileiro promoveu uma desaceleração no seu programa de energia nuclear. Segundo o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, além da usina de Angra 3, que já se encontra em construção, o Brasil não terá novas usinas nucleares até 2021.

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