PETROBRÁS DEVE REDUZIR EM 40% INVESTIMENTOS PREVISTOS NO NOVO PLANO DE NEGÓCIOS

A expectativa do mercado em torno do novo plano de negócios da Petrobrás tem aumentando a cada dia, com muitas especulações sobre os focos que serão dados e a forma de contratar que será adotada para os próximos projetos. A data da divulgação oficial é 10 de junho, mas alguns números já começaram a circular. O valor total dos investimentos previstos entre 2015 e 2019 deve sorfer uma redução de até 41% em relação ao último plano, girando entre US$ 129 bilhões e US$ 141 bilhões.

De acordo com reportagem do jornal O Globo, que divulgou os números neste domingo (10), 80% desse montante deverá ser direcionado para a área de exploração e produção, enquanto a área de abastecimento perderá espaço.

Um dos projetos de maior relevância para o setor de refino e que vinha gerando muitos empregos, movimentando muitos recursos no Rio de Janeiro, o Comperj está na lista dos que deverão sofrer novos atrasos. Segundo o jornal, a retomada das obras que foram paralisadas no empreendimento, após novas licitações, poderia levar até dois anos, com custo estimado em cerca de R$ 5 bilhões.

O alto endividamento da estatal, aliado à crise gerada pela Operação Lava Jato e aos baixos preços do barril no mercado internacional são os principais motivos para a redução drástica no plano de negócios. O primeiro quesito, por exemplo, somado às obrigações contratuais de compra de gás, vai gerar um custo total de R$ 643 bilhões até 2019, o que dificulta bastante o caminho da companhia.

Em audiência no Senado, recentemente, o presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine (foto), afirmou que a meta é conseguir reduzir o endividamento dos atuais 4,77 vezes para 2,5 vezes nos próximos anos (o índice se refere ao número de anos que a Petrobrás precisaria para pagar suas dívidas usando a geração de caixa).