PETROBRÁS DEVE REAVALIAR PLANO DE NEGÓCIOS EM MEIO AO CENÁRIO DE CRISE

Fonte de grandes preocupações à indústria brasileira devido aos menores investimentos, o novo plano de negócios da Petrobrás pode sofrer reduções ainda maiores nos próximos meses. A tendência é de que os números inicialmente previstos pela companhia passem por novos cortes, conforme o cenário econômico brasileiro segue trazendo visões pessimistas em meio à alta desenfreada do dólar e à queda livre no preço do barril de petróleo. Ao passo que a companhia deve manter os aportes apontados para este ano, a expectativa é de que os valores avaliados até 2019 sofram redução no atual momento de corte de gastos e proteção de caixa.

A questão deve ser abordada na próxima reunião do Conselho de Administração da estatal, que acontece no dia 30 deste mês. Anunciado em junho, o plano da empresa é 37% menor do que seu antecessor, e estipula investimentos de US$ 130,3 bilhões ao longo do período de 2015 a 2019. Os valores, no entanto, foram previstos com uma mínima expectativa de recuperação no âmbito econômico, o que ainda não vem acontecendo; o plano já pessimista tende a piorar frente à situação hostil do mercado internacional de petróleo e à retirada do selo de boa pagadora da companhia por parte da agência de classificação de risco Standard & Poor’s.

Em meio às dificuldades, a expectativa é de que por enquanto a Petrobrás adie a venda de seus ativos, afetados por problemas conjunturais. A ideia seria colocá-los à venda quando já houvesse uma maior estabilização tanto do mercado quanto dos próprios investimentos da empresa, que ainda se encontra cercada de incertezas quanto ao próximo ano.