PETROBRÁS ESTUDA CORTES EM CONTRATOS COM A SETE BRASIL

A Petrobrás estuda um corte em seus contratos por sondas de perfuração com a Sete Brasil. Em meio às investigações da Operação Lava-Jato, a estatal planeja reduzir atè à metade os acordos com a empresa, criada para a construção dessas sondas para a exploração no pré-sal. Com planos de se tornar a maior fretadora de sondas do mundo até o ano de 2020, a Sete foi citada pelo ex-gerente de Engenharia da Petrobrás, Pedro Barusco, em depoimento de delação premiada e viu muitas oportunidades de crédito desaparecerem.

Uma delas é o crédito do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social, aprovadoem 2013, que ainda não foi liberado para a empresa. As informações são do jornal Estado de São Paulo, que aponta que a presidente Dilma Rousseff tem discutido com a base do governo e os presidentes do BNDES, Luciano Coutinho, e da Petrobrás, Aldemir Bendine, por uma maneira de agilizar o processo de liberação desse crédito, que compõe um financiamento total de cerca de US$ 8 bilhões pelo banco à Sete Brasil. A empresa, por sua vez, espera receber 80% dos US$ 25 bilhões de custos de construção das 29 sondas da Sete Brasil (28 já alugadas pela estatal) por meio de negócios como esse

Se essa liberação demorar muito a acontecer, o projeto pode tornar-se inviável por causa das multas estipuladas para atrasos. A Sete Brasil tem sido prejudicada pelos cortes da Petrobrás, sua única cliente, mas afirmou, por meio de uma publicação, que considera o projeto de sondas “um marco para a indústria naval” e que irá mantê-lo.