PETROBRÁS INVESTE EM MELHORIAS EM USINA DE BIODIESEL MINEIRA
A produção do Biodesel 100 (B-100) utiliza de um mix de matérias-primas, entre elas o sebo bovino. O processamento desse produto é feito em uma usina de biodiesel da Petrobrás Biocombustível em Montes Claros, Minas Gerais, que terá sua capacidade de processamento de sebo bovino triplicada, saltando de 50 mil toneladas por ano para 158 mil toneladas/ano. Com isso, o sebo bovino representará 35% da mistura que compõe o B-100, nível máximo permitido dentro das especificações do combustível.
A maior vantagem apresentada pelo biodiesel de gordura animal é o grau de cetano presente, que garante melhor ignição do combustível e tem influência direta na partida e funcionamento do motor. O processamento do sebo bovino também gera coprodutos, como o sebo refinado e o ácido graxo, com bastante valor comercial.
O aumento da capacidade de refino do sebo bovino em Montes Claros fará com que haja um um volume excedente do óleo, que poderá ser escoado para as usinas da Petrobras Biocombustível em Candeias, na Bahia, e Quixadá, no Ceará. A Agência Nacional do Petróleo permite que a usina mineira produza apenas 153 milhões de litros de biodiesel por ano, por isso, a usina consumirá no máximo, 53,2 milhões de litros/ano do óleo bovino (35% do total).
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estima em cerca de 1,560 milhão de toneladas de sebo bovino gerados por ano no Brasil, sendo que cada quilo de sebo pode gerar até 800 ml de biodiesel.
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