PETROBRÁS LANÇA PLANO ESTRATÉGICO 2020-2024, COM REDUÇÃO DE 10% NA PREVISÃO DE INVESTIMENTOS
A Petrobrás movimenta o mercado de óleo e gás nesta quinta-feira (28) com o anúncio do seu novo Plano Estratégico para o período entre 2020 e 2024. De acordo com a companhia, o volume de investimentos previstos para o intervalo é de US$ 75,7 bilhões – o que representa uma queda de 10% na comparação com o planejamento de 2019-2023, que previa um montante de US$ 84,1 bilhões.
Do investimento total previsto para os próximos anos, 85% serão alocados no segmento exploração e produção. “Essa alocação está aderente ao nosso posicionamento estratégico, com foco nos ativos de E&P, especialmente no pré-sal, nos quais a Petrobrás tem vantagem competitiva e geram mais retorno para os investimentos”, disse a companhia, em comunicado.
Enquanto isso, a petroleira deve continuar firme em seus planos de desinvestir em áreas que não considera prioritárias. O novo planejamento da companhia aponta para uma previsão de arrecadação entre US$ 20 bilhões e US$ 30 bilhões com a venda de ativos. A maior concentração dessas negociações deve acontecer nos anos de 2020 e 2021.
Na área operacional, a Petrobrás espera colocar 13 novas plataformas em produção durante os próximos cinco anos. Até 2024, a expectativa da estatal é alcançar uma produção de 3,5 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed). O número não leva em consideração os volumes de gás reinjetados nos reservatórios, consumidos em instalações do E&P e queimados nos processos produtivos. “Além disso, a curva de produção não contempla desinvestimentos, com exceção de cerca de 100 milhões de boed, relativos aos campos na Nigéria e de Tartaruga Verde, cujas transações já foram assinadas e os fechamentos estão próximos de ocorrer”, acrescentou a Petrobrás.
Sobre a área financeira, a empresa diz que continuará perseguindo a desalavancagem através da geração de caixa e dos desinvestimentos. Até setembro desse ano, a companhia reduziu sua dívida bruta em US$ 21 bilhões. A meta da petroleira é alcançar uma relação Dívida Líquida/LTM EBITDA de 1,5x ainda em 2020. A dívida deve chegar ao patamar de US$ 60 bilhões já no ano de 2021, e se manterá nesse patamar ao longo do quinquênio, de acordo com os cálculos feitos pela estatal.
O novo plano da Petrobrás contará com três principais métricas: Taxa de acidentados registráveis por milhão de homens-hora (TAR) abaixo de 1,0; Dívida líquida/EBITDA ajustado abaixo de 1,5x; e Delta do EVA consolidado de US$ 2,6 bilhões. O EVA (Economic Value Added) é uma nova ferramenta de gestão incorporada pela petroleira.
O foco da companhia é conseguir um retorno operacional superior ao seu custo de capital, com operação focada em óleo e gás, avançando na exploração e na produção do pré-sal brasileiro. Enquanto se aprofunda na exploração de óleo e gás, a Petrobrás ainda dá passos iniciais no que se refere às fontes de energia renováveis. “A companhia atuará em pesquisas buscando adquirir competências para o eventual posicionamento no longo prazo em energia eólica e solar”, concluiu.
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