PETROBRÁS MIRA TRIPLICAR A PRODUÇÃO DE BÚZIOS ATÉ 2030
Considerado como a joia da coroa da Petrobrás, o campo de Búzios deve ter sua produção ampliada em mais de três vezes até 2030. Assim, o volume atual de 600 mil barris de petróleo por dia (com quatro plataformas operando) deve saltar para 2 milhões de bpd no final da década, após a entrada de mais sete unidades. O campo, localizado no pré-sal da Bacia de Santos, é o maior ativo em águas profundas do mundo em volume e em potencial de produção. A estimativa para Búzios foi um dos destaques apresentados pela Petrobrás durante a Rio Oil & Gas – evento que será realizado até hoje, no Boulevard Olímpico do Rio de Janeiro.
“Para o campo de Búzios, temos atualmente sete plataformas em fase de construção ou em contratação. O FPSO Almirante Barroso (quinta unidade) está, neste momento, navegando rumo ao Brasil para terminar a etapa de comissionamento. O FPSO Almirante Tamandaré (sexta unidade) está em fase de construção avançada, com o casco já flutuando e em comissionamento. As P-78 e P-79 estão em etapa inicial de construção – e já assinamos o contrato de construção das P-80 (em agosto) e P-83 (nesta semana). Nossa expectativa é assinarmos o da P-82 em breve”, detalhou o gerente geral Jaime Naveiro.
O executivo afirmou ainda que existe a expectativa de que Búzios alcance 33% de participação na produção da Petrobrás no fim de 2026. “Ao final da década, a contribuição será ainda mais significativa, à medida que as plataformas entrem em operação e tenham seu ramp up (evolução da produção) com a entrada de novos poços, atingindo seu pico de produção”, complementou.
O também gerente geral da Petrobrás Thiago Coutinho destacou a importância da tecnologia para os resultados de Búzios e destacou o prêmio internacional concedido pela OTC à Petrobras, em 2020, em reconhecimento às inovações concebidas para a primeira fase de desenvolvimento desse ativo. “As tecnologias que adotamos estão sempre atreladas aos desafios do campo. Na segunda fase de desenvolvimento de Búzios, nosso desafio é incorporar novas tecnologias compatíveis com o potencial do campo. Vamos instalar, por exemplo, uma nova geração de plataformas, capazes de produzir até 225 mil bpd e 12 milhões de m³ de gás, capturando todo valor do reservatório”, disse Coutinho.
A Petrobras informou ainda que deve instalar poços com maior diâmetro de 7 5/8″, a partir do projeto Búzios 6 (P-78), compatíveis com as grandes vazões da jazida – com foco em redução de custos, sem abrir mão da segurança. Em paralelo, a companhia vem desenvolvendo o novo conceito de plataformas equipadas com tecnologias para redução de emissões de carbono, com destaque para o sistema de flare fechado nas novas unidades, entre outras inovações.
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