PETROBRÁS RELATA PROPOSTAS ABAIXO DO ESPERADO PELA REPAR, MAS AVANÇA NA VENDA DE OUTRAS TRÊS REFINARIAS

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –

rodrigo-araujoO diretor financeiro da Petrobrás, Rodrigo Araújo, revelou nesta quinta-feira (5) que a empresa recebeu propostas com valores “substancialmente inferiores” no processo de venda da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), localizada no Paraná. Dentro do programa de desinvestimentos da companhia no segmento de refino, essa transação está atrasada em relação a outras negociações, segundo detalhou o executivo na manhã de hoje, durante conferência virtual com investidores. No entanto, a petroleira conseguiu avançar em pelo menos três outros processos de venda de ativos nesse segmento – as refinarias Isaac Sabbá (Reman), Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor) e Unidade de Industrialização do Xisto (SIX) estão com as tratativas um pouco mais avançadas.

Eu destaco que a Reman, Lubnor e SIX são ativos que estão um pouco mais adiantados em relação aos demais. Mas obviamente estamos trabalhando nos demais ativos”, disse Araújo. “A Repar, eu diria, está um pouco mais atrasada em relação às outras. Já lançamos um processo que acabou não sendo bem sucedido e tivemos preços inferiores ao mínimo estipulado pela Petrobrás, substancialmente inferiores. Estamos estudando como vamos nos comportar em relação à REPAR”, completou.

Questionado sobre eventuais penalidades do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) por conta de atrasos no processo de venda das refinarias, o diretor financeiro da Petrobrás diz que vê essa chance um pouco distante, já que a estatal está cumprindo todos os pontos acordados com o órgão. “Existe previsão de penalidade, mas é óbvio que uma penalidade no caso em que haja descumprimento pela Petrobrás, o que de forma alguma vem sendo feito. Estamos cumprindo todas as etapas, assegurando os maiores esforços dentro do processo”, disse o executivo.

Falando especificamente do caso da Repar, Araújo detalhou que o Termo de Compromisso de Cessação (TCC) assinado com CADE prevê que as vendas não podem ser feitas abaixo do preço mínimo estipulado pela Petrobrás. “Acho que não há penalidade prevista para esse tipo de movimento. O CADE vem acompanhando muito próximo junto conosco”, afirmou.

O diretor da Petrobrás ainda falou sobre a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, que foi negociada com o Fundo Mubalada por US$ 1,65 bilhão. A previsão é que a conclusão do processo de transação aconteça no final desse ano ou no início de 2022. “Estamos trabalhando com a maior agilidade possível no processo da RLAM. O processo envolve uma série de ações em termos de licenciamento no nível municipal e estadual. Há toda uma complexidade na transferência do ativo para o comprador. Estamos trabalhando fortemente para conseguir concluir o processo ainda no ano de 2021 e ter o closing ainda dentro desse ano ou começo do ano que vem”, declarou Araújo.

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