PETROLEIRA BP ESTÁ APURANDO DENÚNCIA DE ATAQUE XENOFÓBICO DE ADRIANO BASTOS CONTRA A JUÍZA CLARA ALVES

Adriano Bastos e Clara Alves: acusação de ataques xenofóbicos

A petroleira britânica bp está apurando as denúncias que caíram nesta semana no colo de seu principal executivo brasileiro, o engenheiro Adriano Bastos. Ele está sendo acusado de ter feito ofensas de teor xenofóbico contra a juíza federal Clara da Mota Santos Pimenta Alves, que auxilia o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin. Em nota encaminhada ao Petronotícias, a bp disse que preza pelo respeito à diversidade e inclusão.

“A bp adota robustas regras de compliance no desenvolvimento de suas atividades e preza pelo respeito à diversidade e inclusão, em todos os países nos quais atua. Reconhecemos o compromisso do Brasil com a democracia e reforçamos que estaremos ao lado do governo brasileiro para produzir soluções em energia para o país. A companhia informa que está apurando o ocorrido”, declarou a petroleira britânica.

A acusação contra Adriano Bastos foi revelada nesta semana pelo jornal “Folha de S. Paulo”. A juíza Clara Alves, que nasceu na Bahia, registrou um boletim de ocorrência contra Bastos, afirmando que o executivo da BP teria feito ofensas preconceituosas contra ela. O caso, segundo a magistrada, aconteceu em uma pizzaria em Cuiabá, na última sexta-feira.

À Polícia Federal (PF), Clara disse que um advogado, cujo nome não foi revelado, se aproximou e fez acusações contra a lisura das eleições presidenciais de outubro, que coroaram Luiz Inácio Lula da Silva como Presidente da República. A juíza, por sua vez, rebateu as falas do advogado e defendeu o sistema eleitoral brasileiro. Foi nesse momento que Adriano Bastos teria se aproximado e proferido as agressões verbais.

Segundo o relato de Clara à PF, Adriano teria dito que a Bahia foi responsável pela vitória de Lula e que o estado “não produz nada” e “não possui PIB”. O executivo ainda teria dito que os eleitores do PT são formados por “assistidos” e “funcionários públicos” que “não trabalham e não fazem nada”. A juíza e o executivo já se conheciam anteriormente, segundo Clara, já que suas filhas convivem juntas há mais de dois anos.