PETROLEIROS DE QUATRO ESTADOS ATENDEM A PETROBRÁS E SUSPENDEM A GREVE PARA RETOMAREM AS NEGOCIAÇÕES

Deyvid-BacelarOs petroleiros da Bahia atenderam a uma solicitação da Petrobrás para suspenderem a greve e  voltar à mesa de negociação. Os petroleiros já estavam parados há trinta dias. Segundo o sindipetro-BA, que é ligado a Federação Única do Petroleiros, a paralisação é temporária. Na primeira reunião após a retomada das negociações, foram discutidos o tratamento que será dado pela empresa aos dias e horas parados; a questão da parada de manutenção da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), que vem sofrendo com um surto de Covid-19; além da continuidade de discussão da pauta corporativa dos trabalhadores próprios e terceirizados, que tratam da segurança no trabalho e da redução do efetivo. Os Sindipetros do Espírito Santo e de Paraná e Santa Catarina também deram uma trégua no movimento grevista para voltar à mesa de negociação. Na semana passada, o Sindipetro-Minas Gerais suspendeu a greve, por a Petrobrás ceder a alguns pontos da pauta e retomar a negociação com o sindicato.

A Petrobrás recorreu ao Judiciário com duas liminares. Uma delas impôs uma multa de R$ 100 mil por dia, caso a greve não fosse suspensa, inclusive estabelecendo o uso de força policial para reprimir e inibir o movimento, responsabilizando criminalmente os dirigentes sindicais pelo não cumprimento da liminar. Segundo as entidades que representam os petroleiros,  a retomada das negociações era o desejo da categoria. O coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar, disse que “Infelizmente a gestão da Petrobrás age no sentido de criminalizar o legítimo direito de trabalhadores e trabalhadoras de reivindicarem direitos, por meio da legislação que garante o direito de greve. Mesmo sinalizando agora com a possibilidade de diálogo, a direção da empresa ainda preferiu ameaçar judicialmente a categoria petroleira. É lamentável, porque não é primeira vez que o movimento sindical é criminalizado.

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