PETROLEIROS ENTRAM EM GREVE EM VÁRIOS ESTADOS BRASILEIROS EM PROTESTO CONTRA AÇÕES DA ATUAL DIREÇÃO DA PETROBRÁS

ddddddOs Petroleiros do Amazonas, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco e São Paulo (Mauá e Campinas) iniciam amanhã (5) uma greve que foi aprovada em assembleias promovidas desde a semana passada pelos Sindicatos dos Petroleiros (Sindipetros) filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP). Também nesta sexta, o Sindipetro-Bahia retoma o movimento grevista iniciado em 18 de fevereiro, mas suspenso após a Petrobrás retomar as negociações com os dirigentes sindicais, que não avançaram. Segundo a FUP, “A greve denuncia o assédio moral da Petrobrás junto a trabalhadores e trabalhadoras, que se traduzem em jornadas exaustivas e multifunções no trabalho presencial e remoto; exposição à contaminação por Covid-19, que já infectou 11% do total de trabalhadores contratados; transferências compulsórias por causa da venda e hibernação de ativos; e descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), fechado em setembro.”

A mobilização dos petroleiros desses Estados  também quer denunciar os prejuízos do que chamam de  “privatização aos pedaços” da Petrobrás que a atual gestão está promovendo. A ação mais recente foi o anúncio da venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, para o Fundo Mubadala, por US$ 1,65 bilhão:  Esta cifra corresponde  a 50% do real valor de mercado da planta, segundo o Ineep, e 35% do preço justo, de acordo com o BTG Pactual. O valordedededeed do negócio também foi criticado pela XP Investimentos, segundo o comunicado da FUP.

 “A venda da RLAM e de outras sete refinarias que a atual gestão da Petrobrás está promovendo atinge em cheio toda a população brasileira. De cara, ela já se mostra um prejuízo para a própria empresa, que está vendendo a RLAM a preço de banana. Para a população será o caos total. O povo já sofre pagando preços altos por gás de cozinha, gasolina e diesel por causa de uma política da Petrobrás que reajusta os preços olhando para a cotação do petróleo no mercado internacional e do dólar, mesmo usando petróleo brasileiro e produzindo derivados em suas refinarias. A venda dessas plantas vai tornar essa situação permanente, já que vão criar monopólios regionais privados. Além de preços mais altos, a população corre grande risco de desabastecimento”, explicou o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar.

A greve também foi aprovada pelos trabalhadores da Unidade de Xisto do Paraná (SIX), que devem iniciar o movimento nos próximos dias, assim como na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Nas demais bases dos Sindipetros Paraná/Santa Catarina e Pernambuco/Paraíba, as assembleias ainda estão em andamento. No Norte Fluminense, a consulta aos trabalhadores está sendo feita virtualmente. Em Duque de Caxias, no Rio Grande do Norte, no Ceará e no Rio Grande do Sul, as assembleias ainda não foram iniciadas.

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