PETRORECONCAVO VAI AMPLIAR FROTA DE SONDAS E GERAR NOVOS POSTOS DE TRABALHO NA BAHIA E RIO GRANDE DO NORTE
O Projeto Perspectivas 2023 ouviu ao longo das últimas semanas os principais players dos setores de óleo, gás natural e energia para conhecer quais os planos e expectativas do empresariado brasileiro neste novo ano. Hoje (13), na última entrevista dessa série especial, convidamos o CEO da PetroReconcavo, Marcelo Magalhães. A operadora independente é uma das empresas que mais cresceu nos últimos anos, na esteira do programa de desinvestimentos da Petrobrás. No ano de 2022, a companhia conseguiu bons números e realizou investimentos expressivos. “Somente entre janeiro e setembro de 2022, investimos cerca de 746 milhões de reais no desenvolvimento dos campos que operamos”, detalhou o executivo. Para o futuro, Magalhães explica que a empresa vai continuar ampliando a frota própria de sondas e unidades de serviço para continuar desenvolvendo campos, gerando novos postos de trabalho na Bahia e no Rio Grande do Norte. “Hoje, empregamos diretamente cerca de 1.200 colaboradores, investindo continuamente em qualificação de mão de obra local”, acrescentou.
Como a sua empresa atuou em 2022? Os resultados foram positivos? Como os negócios transcorreram?
Tivemos diversos avanços no ano de 2022, com números expressivos em incremento de produção e nos resultados financeiros da Companhia.
No Polo Miranga, no Ativo Bahia, dobramos a produção em apenas nove meses, após aquisição concluída em dezembro de 2021. Já a produção média nos ativos na Bacia Potiguar em novembro de 2022, incluindo participação nos campos operados por parceiros, foi de aproximadamente 9 mil BOPD e 670 mil m³ de gás por dia. O volume de produção média diário, em barris de óleo equivalente, atingiu o dobro se comparamos ao que foi reportado no último dia de gestão do antigo operador.
A nossa produção média do mês de dezembro foi de 23.405 barris de óleo, avanço de 0,9% frente a produção de novembro.
Somente entre janeiro e setembro de 2022, investimos cerca de 746 milhões de reais no desenvolvimento dos campos que operamos. No mesmo período, pagamos aproximadamente 190 milhões de reais em royalties, além de tributos na ordem de 780 milhões, contribuindo decisivamente para o progresso econômico e social nas regiões onde estamos inseridos.
Além disso, hoje fornecemos gás natural para quatro importantes distribuidoras na região Nordeste: Potigás, PBGás, Bahiagás e Cegás, além dos contratos para fornecimento com Galp, Unigel e Transportadora de Gás Associada S.A (TAG), marcando nossa entrada no mercado livre de gás e nos consolidando como o principal produtor de gás natural do Nordeste.
Por fim, captamos R$ 1,03 bilhão com a emissão de novas ações na bolsa de valores (follow-on), em junho deste ano, com o objetivo de reforçar nossa posição de caixa e ampliar novas oportunidades de aquisições e futuros M&As.
O que espera para 2023, com um novo governo? Quais são as perspectivas para este novo ano?
O crescimento substancial da Companhia se dá em função do programa de gestão de ativos da Petrobrás e da consolidação do Novo Mercado do Gás. Enxergamos ambos como programas de Estado que vêm se consolidando já há vários governos e cujos impactos socioeconômicos são expressivos. Claro que todo novo governo faz os seus ajustes, mas não esperamos adequações substanciais nesses programas, até porque ambos já se encontram bastante avançados.
Temos boas expectativas e estamos sempre buscando aumentar de forma progressiva os investimentos no desenvolvimento de nossos ativos. Conforme relatório de reservas da Companhia, com data base em 31/12/2021, há um potencial para alcançar produções médias acima de 35 mil barris de óleo equivalente por dia nos próximos 5 anos. Para isso, ainda de acordo com o relatório, estão previstos investimentos na ordem de US$ 450 milhões nos ativos atuais no mesmo período.
Para 2023, vamos continuar ampliando a nossa frota própria de sondas e unidades de serviço para continuar desenvolvendo nossos campos e gerando novos postos de trabalho na Bahia e Rio Grande do Norte. Hoje, empregamos diretamente cerca de 1.200 colaboradores, investindo continuamente em qualificação de mão de obra local.
Há de se destacar que o governo tem percebido o valor das operadoras independentes nas regiões onde atuam e no que tange a competitividade industrial do País como um todo.
Quais as sugestões que daria aos governantes para que os negócios prosperem ainda mais?
Os campos terrestres de petróleo e gás vinham passando por um período de poucos investimentos e declínio de produção. A entrada de operadoras independentes vem criando um ambiente positivo de geração de emprego e renda, projetos socioambientais, além da retomada dos investimentos na área e aumentos de produção.
Esperamos que o governo siga criando oportunidades para continuarmos avançando no setor. A celeridade relativa aos processos de licenciamentos ambientais, por exemplo, é de suma importância para desenvolvimento dos campos terrestres e, consequentemente, da população local onde esses campos estão inseridos. Desta forma, o impacto socioeconômico será ainda mais significativo, viabilizando por exemplo o aumento da oferta de gás natural a preços mais competitivos, gerando incremento à competitividade da indústria e o fomento relacionado ao crescimento dessas regiões.
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