PF DEFLAGRA NOVA FASE DA OPERAÇÃO ACRÔNIMO E CUMPRE MANDADOS DE BUSCA EM ESCRITÓRIO DA ODEBRECHT
Cercada com investigações por todos os lados, a Odebrecht não vem conseguindo descanso e a tendência não é de melhora pelas próximas semanas. Nesta quinta-feira (5), a Polícia Federal (PF) deflagrou a 5ª fase da Operação Acrônimo e cumpriu mandados de busca e apreensão no escritório da empreiteira em Brasília, além de endereços relacionados ao governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel. As ações, feitas sob sigilo da Justiça, fazem parte da apuração de um esquema de lavagem dinheiro voltado ao financiamento de campanhas eleitorais.
Com a nova etapa da operação, a PF busca provas para orientar as investigações acerca de um suposto desvio de recursos do governo federal para Pimentel e pessoas ligadas a ele. A defesa do governador afirmou não ter conhecimento de ação dos investigadores, e afirmou que Pimentel não tem responsabilidade penal relacionada aos fatos investigados na operação.
Os investigadores também apuram um suposto esquema de tráfico de influência no BNDES e no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, pasta que foi dirigida por Pimentel ao longo do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. Em abril, o governador foi indiciado pela PF por suspeitas de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Além dele, também estão sendo investigados sua esposa, Carolina Oliveira, e seu amigo Benedito Rodrigues de Oliveira, conhecido como Bené, suspeito de ser operador do esquema.
A Odebrecht vem sendo alvo da Operação Acrônimo porque, segundo as investigações, mantinha contratos com empresas que repassavam dinheiro à Oil Comunicação e Imagem, companhia que seria da esposa de Pimentel. De acordo com a PF, teriam sido repassados ao menos R$ 3,6 milhões no esquema.
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