POLÍCIA FEDERAL ACUSA EX-MINISTRO PAULO BERNADO DE TER RECEBIDO R$ 7 MILHÕES EM PROPINA

22061_2_ELCentavos que viraram milhões. O ex-ministro do Planejamento do governo Lula e das Comunicações do primeiro mandato de Dilma Rousseff, Paulo Bernardo, é acusado de ter embolsado mais de R$ 7 milhões durante 2010 e 2015 num esquema fraudulento que movimentou cerca de R$ 100 milhões. Ele foi preso na manhã desta quinta (23) durante a “Operação Custo Brasil”.

O funcionamento do esquema corrupto foi explicado durante entrevista coletiva realizada na sede da Polícia Federal, em São Paulo. Segundo os investigadores, a fraude acontecia da seguinte forma: houve um direcionamento para contratar uma empresa de gerenciamento de empréstimos, a Consist. A companhia abria mão de seu faturamento, ficando com 30% e repassando os 70% restantes para empresas por meio de notas fiscais simuladas.

Entre 2010 e 2015, houve a cobrança de uma parcela mensal dos servidores da União que faziam empréstimos consignados. Essa taxa era destinada a pagar o serviço de gerenciamento de controle de crédito e deveria ser de R$ 0,30. No entanto, o valor cobrado era de R$ 1. Os R$ 0,70 eram distribuídos em forma de propina. Foi a partir daí, do elevado valor desta parcela, que veio o nome da operação que culminou na prisão do ex-ministro: “Custo Brasil”.

O delegado Rodrigo de Campos explicou durante a entrevista coletiva da PF que Paulo Bernando recebia 9,5% do faturamento da Consist. Após sua saída do ministério, esse percentual caiu para 2%.

A nova operação da Polícia Federal é um desdobramento da 18ª fase da Lava Jato. A sede do PT em São Paulo também foi foco de busca e apreensão dos agentes da PF. Ao todo, foram expedidos 65 mandados judiciais para serem cumpridos em São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal.

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