POLÍCIA FEDERAL FARÁ ACAREAÇÃO ENTRE BUMLAI E FERNANDO BAIANO PARA ESCLARECER DESVIOS NA PETROBRÁS
Após um ano de intensa atividade, a Operação Lava-Jato não dá sinais de que vá frear em 2016. Em janeiro, a força-tarefa da Polícia Federal colocará frente a frente o pecuarista José Carlos Bumlai (foto), preso no último mês, e o lobista Fernando Baiano para analisar as divergências existentes nos depoimentos dos dois investigados. A acareação tem como objetivo esclarecer as acusações contidas na delação de Baiano, que aponta Bumlai como intermediário do governo nos esquemas de desvio da Petrobrás e afirma ter repassado R$ 2 milhões ao executivo.
De acordo com o lobista, os recursos foram usados por Bumlai na quitação da dívida imobiliária de uma nora do ex-presidente Lula, de quem é amigo. O pecuarista, por sua vez, nega ter pago qualquer valor a familiares do político.
A acareação também buscará confrontar as versões dos dois investigados quanto à participação do ex-ministro Antonio Palocci em um suposto esquema de propina para a campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010. Ao passo que Baiano acusa Bumlai de ter aproximado Palocci do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, o pecuarista nega ter envolvimento no esquema apontado.
Tanto Bumlai quanto Baiano foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por crimes de corrupção ativa e passiva, em investigação que avalia a escolha da Schahin Engenharia para a operação do navio-sonda da estatal Vitória 10.000. A apuração da Polícia Federal aponta que o contrato teria sido utilizado como pagamento de uma dívida contraída junto ao Banco Schahin.
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